O presente texto pretende articular posicionamentos referentes ao campo da filosofia, estudos de gênero e psicanálise (principalmente freudiana), debruçando-se sobre o debate profícuo entre Jessica Benjamin e Judith Butler. Nossa pretensão é não somente aclarar o emprego de conceitos centrais na obra de ambas – como o de reconhecimento, não-identidade, subjetivação, masculinismo, heterossexismo – através das leituras psicanalíticas e teóricas críticas que as norteiam. É também nosso objetivo demonstrar como se organizam os pensamentos das autoras relativamente à noção de negatividade em posicionamentos mais ou menos dialéticos, que se traduzem na escolha de vinculação a “linhagens” teóricas bastante específicas.