Este artigo remete aos primórdios dos estudos de jornalismo no Brasil, na medida em que propõe sistematização e exame crítico-reflexivo dos trabalhos pioneiros sobre o tema da imprensa periódica e seus jornalistas, produzidos no âmbito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e seus congêneres. Considera-se o conjunto de relatos publicados entre meados dos séculos XIX e XX, a contar por aquele que seria o primeiro registro dedicado ao assunto, saído na revista da instituição em 1846. O objetivo é analisar tanto as tendências de investigação quanto de conceituação do fenômeno em pauta, pela geração que antecede os historiadores universitários. A conclusão a que se chega é de que, apesar do caráter descritivo e da abordagem de inventariação, tal produção converge na construção de uma narrativa particular em relação ao desenvolvimento da imprensa brasileira e seu papel junto à nação, como elemento civilizador e meio de instrução pública.