A Gestão dos Programas Públicos de Economia Criativa no estado do Rio de Janeiro

Abstract

A partir da implementação do Plano Nacional de Cultura e do Sistema Nacional de Cultura, as políticas culturais ganharam maior amplitude no Brasil. Posteriormente, com a criação da Secretaria de Economia Criativa pelo Ministério da Cultura, a dimensão econômica da cultura passou a ter destaque também nas esferas estaduais e municipais, por meio da implementação de programas e projetos. Assim, o objetivo deste artigo foi analisar como ocorre a gestão dos programas Rio Criativo e Territórios Culturais/Favela Criativa no estado do Rio de Janeiro. Para isso, uma pesquisa qualitativa foi realizada, com etapas de campo e documental. Os dados foram coletados entre 2013 e 2017, e tratados por meio de análise de conteúdo. Os resultados do estudo indicam que os programas apesar de terem objetivos diferentes, possuem formas de gestão semelhantes. Nesse sentido, um apontamento a partir do presente artigo é que, as políticas públicas culturais direcionadas ao campo da economia criativa apresentam características que tornam complexa sua operacionalização e gestão.

Concepções, Políticas Públicas e Práticas Relacionadas à Economia Criativa: uma revisão integrativa da literatura

“…Nas palavras dos autores, houve "dificuldades de comunicação e cooperação" entre os órgãos estaduais e municipais, atribuída nas entrevistas à predominância da visão de estado a partir da lógica privada por parte dos gestores. Pode-se perceber, a partir das entrevistas realizadas, que os órgãos estaduais e municipais, nesse caso, apresentam dificuldades de comunicação e cooperação, tendo seus valores voltados para competitividade, semelhante às práticas dos setores privados Gonçalves & Simões, 2019).…”

“…Contudo, as iniciativas propostas no estado do Rio de Janeiro, como indica o estudo, saíram do papel e funcionaram, como a criação de incubadora de empresas, núcleo de conhecimento e espaços de coworking. Iniciativas de espaços de coworking públicos também foram implementadas em outras cidades, como São Paulo-SP, Itabira-MG e Curitiba-PR e possibilitam aos empreendedores da economia criativa, além do espaço, o acesso a cursos e capacitações (Curitiba, 2022;Itabira, 2022;Gonçalves & Simões, 2019, São Paulo, 2018.…”