“A gente nunca pensou que teria que recomeçar”: histórias de vida na extinção das fundações do Rio Grande do Sul

Abstract

No âmbito das políticas neoliberais, é possível localizar, na história recente do Estado do Rio Grande do Sul, gestões que aderiram fielmente a esses preceitos, como o recente governo de José Ivo Sartori (2015-2018). Essa optou por combinações de políticas de austeridade e de reformas a partir da diminuição da participação do Estado na sociedade. Nosso artigo busca refletir sobre as condições de vida e de trabalho dos servidores públicos estaduais gaúchos frente à crise e compreender como um casal de servidores engendra possibilidades de enfrentamento à precarização das relações de trabalho – produto da gestão neoliberal – que outrora estruturavam a vida familiar. A partir das histórias de vida de Maria e João, discorremos sobre a flagrante piora nas condições de trabalho, seja na infraestrutura e no remanejamento arbitrário, seja nos planos de carreira ou mesmo em suas estabilidades. Refletimos que, no âmbito da crise, há precarização da vida e na produção da subjetividade desses trabalhadores, o que desemboca na assunção de novos papéis sociais e reconfigurações relacionais na conjugalidade.

La investigación histórica en estudios organizacionales: Itinerarios metodológicos a la luz de Michel de Certeau

“…We also mention the work of Hodge, Freitas and Costa (2021) who use critical discourse analysis (CDA) based on large documentary collections to historically analyze the media's discursive representation of the privatization of telecommunications in Brazil. Others works also move towards this discussion by using methods that emphasize life history in the study of organizations Maccali et al, 2014;Godoy, 2018;Capaverde et al, 2021;Teixeira, Lemos & Lopes, 2021;Granato, Lopes & Costa, 2020), as well as the perspective of oral history as a methodological possibility to administration studies, emphasizing issues surrounding organizational memory (Hodge & Costa, 2020). Others More recent studies place greater emphasis on a particular critique of the historical turn in the context of Latin America, defending the decolonial project (Wanderley & Barros, 2019;Sauerbronn, Lima & Faria, 2022) and greater possibilities proposed by the subfield of critical organizational history (Durepos et al, 2021).…”