La investigación histórica en estudios organizacionales: Itinerarios metodológicos a la luz de Michel de Certeau

Abstract

Contextualização: Os últimos anos foram testemunhas de uma crescente convocação para estudos que articulam a abordagem da história no contexto dos estudos organizacionais. Essas propostas iluminaram as potencialidades da pesquisa histórica ao apresentar diferentes contribuições metodológicas para se entender os fenômenos organizacionais, destacando a experiência das pessoas, da sociedade e das organizações. Objetivo: Considerando a abordagem da história nos estudos organizacionais, este trabalho se propõe apresentar alguns itinerários metodológicos segundo Michel de Certeau presentes nas obras “A Escrita da História” (Certeau, 2011) e a “A Invenção do Cotidiano: 1- Artes de Fazer” (Certeau, 2012). Método: Foi realizado uma discussão de cunho teórico. Inicialmente apresentamos um panorama de estudos, enfocando questões propriamente sobre métodos da pesquisa histórica na administração e nos estudos organizacionais. Em seguida, se apresentaram algumas ideias propostas na obra “A Escrita da História” (Certeau, 2011) que se basearam em conceitos sobre “As Produções do Lugar” que tratam itinerários metodológicos relacionados ao “Fazer História” e “A Operação Historiográfica”. Além disso foi considerado o conceito de “Práticas de Espaço” proposto na obra “A Invenção do Cotidiano: 1- Artes de Fazer” (Certeau, 2012) que delineiam os itinerários metodológicos relacionados “As Caminhadas pela Cidade” e os “Relatos de Espaço”. Resultados: Como resultado se enfatizam as contribuições metodológicas para pesquisadores no que se refere ao desenvolvimento de pesquisas documentais que refletem as “lições da história” a partir de “unidades de compreensão” em uma malha de práticas espaço-temporal no delinear da pesquisa. Conclusões: Evidenciam-se, por fim, algumas oportunidades de se ampliar as possibilidades de pesquisas historiográficas nos estudos organizacionais considerando o uso da abordagem de Michel de Certeau, segundo uma lógica histórica temporal da organização de espaços relatada pelas memórias dos caminhantes de cidades.