“…Ainda de acordo com esses autores, o projeto de vida, na visão dos estudantes, assume um vínculo quase que indissociável entre a própria concretização e a escolarização desses estudantes e se apoia numa ideia "em que, tendo-se o mérito individual de lograr êxito, nesse caso academicamente, a ascensão social viria como consequência, quase que automaticamente" (p.552). Portanto, é necessário frisar que é por intermédio da educação como prática de liberdade, e tendo a consciência da sua identidade sociocultural, que esses sujeitos podem modificar beneficamente os cotidianos em que estão inseridos.Vale destacar que, conforme salientamSantos et al (2019), a temática do Projeto de Vida, atualmente, é contemplada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que, para além dos saberes das áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Humanas e Natureza), visam a proporcionar aos estudantes o desenvolvimento de competências e habilidades para o século XXI, discutindo -de modo transversal e interdisciplinar -questões socioemocionais que incluem o pilar da convivência. Esse propósito corrobora com as ideias de Lopes, Silva e Ferreira, ao afirmarem que "ao partir-se do pressuposto de que existem diferentes categorias de convivência, logo se existe também a possibilidade da aprendizagem de diferentes formas de conviver" (2020, p.78).…”