Abstract:ResumoAmbiciono analisar no presente artigo como a ausência histórica da produção de pensamento sobre a formação docente se faz sentir na tradição universitária filosófica na contemporaneidade brasileira. Parto da hipótese de que a restrição histórica do debate sobre o ensino de filosofia no Brasil acarretou a ausência de um campo dedicado a refletir sobre a formação docente na atualidade. Argumentarei a partir de dois caminhos complementares: (1) De minhas pesquisas envolvendo o ensino de filosofia nos periód… Show more
“…Os aspectos identificados no nosso estudo podem também ser relacionados aos aspectos da recepção filosófica parcial, apresentada por Heller (1983), na medida em que alguns professores, ao ensinarem Filosofia, não buscam apenas ensinar uma teoria, mas, sim, dela apropriar-se de acordo com a forma de pensar sobre a própria existência. Nosso estudo revela, ainda, que alguns professores apresentaram concepções relacionadas a um habitus (BOURDIEU, 2007) de ensino típico ao de ensino e de aprendizagem mais convencionais, não como uma experiência de pensamento, conforme aponta Perencini (2017). Destacamos esses aspectos visto que alguns professores enfatizaram a questão do ser professor relacionada a transmitir conhecimentos a partir de uma visão tradicional de ensino.…”
Section: Discussionunclassified
“…A segunda descoberta-chave agrupa as concepções do ser professor que contempla aspectos da identidade docente, relativas à prática e ao ensino de Filosofia. Dizem respeito, assim, aos aspectos mais técnicos da profissão docente, acerca da ação do professor na sua prática cotidiana e com o ensino de Filosofia, conforme destacado por Kalsing (2012), Tomazetti e Moraes (2016), Perencini (2017) e Cerletti (2009). As concepções que compõem esse grupo aparecem ancoradas na ideia do ser professor como: mediador do conhecimento e no processo de ensino e aprendizagem; eterno estudioso e como profissional com diversos papéis.…”
Resumo
Este artigo enfoca as concepções acerca do entendimento de ser professor de Filosofia no Ensino Médio em relação à cultura de desvalorização dessa disciplina, tal como se descortina no cenário contemporâneo. Ao utilizar os conceitos fundamentais de recepção filosófica que trabalha a questão da relação entre a Filosofia e o cotidiano, esta pesquisa teve como objetivo identificar as concepções sobre o que é ser professor para um grupo de 208 professores de Filosofia da rede pública de ensino do estado do Paraná, Brasil. A pesquisa, de natureza qualitativa, conta com dados organizados e interpretados mediante procedimentos metodológicos da análise de conteúdo que tornaram possível a identificação de duas categorias centrais sobre o ser professor de Filosofia: uma relacionada ao compromisso político-social na docência; e outra, à identidade docente, ambas relativas à prática e ao ensino de Filosofia. Essa constatação revela alguns aspectos para compreender a identidade docente bem como a própria identidade da Filosofia.
Palavras-chave: Recepção filosófica. Ensino de filosofia. Formação de professores de filosofia
“…Os aspectos identificados no nosso estudo podem também ser relacionados aos aspectos da recepção filosófica parcial, apresentada por Heller (1983), na medida em que alguns professores, ao ensinarem Filosofia, não buscam apenas ensinar uma teoria, mas, sim, dela apropriar-se de acordo com a forma de pensar sobre a própria existência. Nosso estudo revela, ainda, que alguns professores apresentaram concepções relacionadas a um habitus (BOURDIEU, 2007) de ensino típico ao de ensino e de aprendizagem mais convencionais, não como uma experiência de pensamento, conforme aponta Perencini (2017). Destacamos esses aspectos visto que alguns professores enfatizaram a questão do ser professor relacionada a transmitir conhecimentos a partir de uma visão tradicional de ensino.…”
Section: Discussionunclassified
“…A segunda descoberta-chave agrupa as concepções do ser professor que contempla aspectos da identidade docente, relativas à prática e ao ensino de Filosofia. Dizem respeito, assim, aos aspectos mais técnicos da profissão docente, acerca da ação do professor na sua prática cotidiana e com o ensino de Filosofia, conforme destacado por Kalsing (2012), Tomazetti e Moraes (2016), Perencini (2017) e Cerletti (2009). As concepções que compõem esse grupo aparecem ancoradas na ideia do ser professor como: mediador do conhecimento e no processo de ensino e aprendizagem; eterno estudioso e como profissional com diversos papéis.…”
Resumo
Este artigo enfoca as concepções acerca do entendimento de ser professor de Filosofia no Ensino Médio em relação à cultura de desvalorização dessa disciplina, tal como se descortina no cenário contemporâneo. Ao utilizar os conceitos fundamentais de recepção filosófica que trabalha a questão da relação entre a Filosofia e o cotidiano, esta pesquisa teve como objetivo identificar as concepções sobre o que é ser professor para um grupo de 208 professores de Filosofia da rede pública de ensino do estado do Paraná, Brasil. A pesquisa, de natureza qualitativa, conta com dados organizados e interpretados mediante procedimentos metodológicos da análise de conteúdo que tornaram possível a identificação de duas categorias centrais sobre o ser professor de Filosofia: uma relacionada ao compromisso político-social na docência; e outra, à identidade docente, ambas relativas à prática e ao ensino de Filosofia. Essa constatação revela alguns aspectos para compreender a identidade docente bem como a própria identidade da Filosofia.
Palavras-chave: Recepção filosófica. Ensino de filosofia. Formação de professores de filosofia
“…Além disso, muitos de nós, professores e professoras em Filosofia, só vamos gradativamente nos dando conta deste problema à medida em que vamos exercitando à docência nos mais diversos espaços educativos. Para uma discussão mais pormenorizada dessa temática, ver Perencin (2017 A primeira razão deste entrave é a própria formação tradicional que os filósofos brasileiros são submetidos a nível de graduação, mestrado e doutorado nas universidades públicas brasileiras.…”
<p>Este artigo<strong> </strong>pretende contribuir para a construção do diálogo interdisciplinar entre Filosofia e Educação camponesa no contexto formativo das Licenciaturas em Educação do Campo, LEdoCs. Procuramos apresentar a proposta educativa destinada aos povos do campo, as razões históricas do distanciamento da tradição filosófica no âmbito da pesquisa para com o tema do ensino e da formação de professores, bem como, apontar as possibilidades teóricas que podem auxiliar na interlocução epistemológica entre os saberes supracitados. Os referenciais teóricos que selecionamos para a construção deste texto foram os que descrevem o percurso da Filosofia na sua relação com a educação, numa perspectiva marxiana, assim como estudos realizados na área da Educação do Campo que explicitam os princípios filosóficos, científicos e pedagógicos do curso. Procuramos demostrar que uma Filosofia que pretende se colocar a serviço das lutas camponesas deve se aproximar das abordagens metodológicas que reconheçam as especificidades do modo de vida das comunidades camponesas e percebam a educação como uma ferramenta de transformação e emancipação social.</p>
“…Nas atuais circunstâncias, a Filosofia retornou ao Ensino Médio e, assim, somos motivados a pensar na formação de futuros professores de Filosofia. Por vezes, na academia filosófica, percebemos que se instala um desprezo pelo ensino de Filosofia, além disso, que o mais importante seria pesquisar Filosofia e não ensiná-la Perencini (2017). apresenta a sua própria trajetória como licenciando de Filosofia e como pesquisador sobre ensino de Filosofia.…”
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