O artigo apresenta uma análise referente às experiências educativas e práticas profissionais de mediadores em uma instituição museológica. Trata-se do resultado de um estudo qualitativo em que os dados foram produzidos a partir de questionário aplicado entre educadores com diferentes vínculos profissionais com o Museu da Vida Fiocruz (MVF). A pesquisa intencionou conhecer aspectos como o perfil, formação e experiências a partir do cotidiano da mediação. A indagação central da investigação buscou saber em que medida as experiências profissionais em espaços educativos, antes de ingressarem no MVF, teriam garantido a inserção desses educadores em processos de formação sistemática para a atuação na educação museal. O texto dialoga com a literatura ao tratar das práticas educativas de formação no contexto museal, apontando diferentes estratégias e iniciativas nesse campo. Apresenta o contexto institucional do Museu da Vida para focar nas correlações possíveis entre formação, percursos biográficos e atuação na educação museal. Embora diante de contornos singulares, a investigação carrega o mérito de, ao olhar uma realidade particular, constituir-se em uma plataforma para pensar outras experiências e o próprio campo da educação museal no Brasil.