Objetivo: Contextualizar o aparecimento de uma nova curva que altera fundamentalmente o modelo de consumo e oferta das soluções de desenvolvimento humano organizacional e constrói uma trajetória de romantização da educação corporativa. Revisão bibliográfica: Foram cotejados temas da Psicanálise, Gestão de Pessoas e Filosofia haja vista uma ressignificação da noção de trabalho que pressiona as empresas a assumirem a missão de promover culturas empresariais impulsionadoras de felicidade, autorrealização e bem-estar. Situado dentro do contexto existencial do indivíduo contemporâneo, o fenômeno da educação romantizada encontra seu núcleo inicial na frustração da motivação primária do indivíduo por um sentido de viver frente a um mundo complexo e com futuros incertos, justificando a necessidade da magia. Surge o mercado de treinamentos motivacionais que irão espetacularizar a educação através de uma camada de magia e finais felizes que empodera e transforma o indivíduo em herói da própria história rumo à performance e ao sucesso pelo uso da sua força cerebral. Considerações finais: Por fim, a romantização que ocorre como contrapeso ao déficit de sentido e de felicidade vivenciados revela uma dimensão humana, que, no ciclo de buscar a liberação do sofrimento, se prende a um sofrimento mais difícil de ser identificado.