Este artigo tem como objetivo analisar a expansão de Cursos Superiores de Licenciatura em territórios amazônicos no Brasil, considerando a distribuição de matrículas entre as categorias administrativas (público e privado) e as modalidades de atendimento educacional (presencial e a distância), sob o contexto de expansão do ensino superior privado-mercantil. Trata-se de pesquisa realizada com base em dados estatísticos extraídos do Censo da Educação Superior, referentes ao período 2019-2022, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), com recorte geográfico na região Norte do Brasil. Os resultados indicam o predomínio do atendimento educacional privado nos Cursos de Licenciatura, com crescente utilização da Educação a Distância (EaD), particularmente por instituições com fins lucrativos. Conclui-se que o processo de expansão privado-mercantil na formação docente afeta negativamente os territórios da cidade e do campo nas Amazônias, com retração do atendimento nas instituições públicas e a ampliação da atuação de conglomerados educacionais, com processos formativos aligeirados via EaD, sob a ideologia da lógica tecnicista, neoliberal e pragmática.