A equipe de enfermagem e a comunicação com o paciente traqueostomizado

Abstract

OBJETIVO: identificar as percepções da equipe de enfermagem acerca da importância da comunicação no cuidado ao paciente traqueostomizado, de modo a auxiliá-lo na sua recuperação. MÉTODOS: estudo de abordagem quantitativa e qualitativa. A amostra do estudo foi constituída por 51 integrantes da equipe de enfermagem (auxiliares de enfermagem, técnicos e enfermeiros), das Clínicas Médica Feminina e Masculina, Centro de Terapia Semi-Intensiva e Intensiva Adulto, e Neurocirurgia, de um hospital de ensino em Curitiba/PR. As informações foram coletadas por meio de questionário com questões fechadas e abertas. Na associação entre variáveis quantitativas foram considerados o teste Qui-Quadrado, valores de p < 0,05 indicaram significância estatística, os dados qualitativos foram submetidos à proposta de análise de conteúdo. RESULTADOS: os dados mostram que os participantes têm vivências variadas em sua área de atuação e constatam na sua prática cotidiana a necessidade e a importância da interação com o paciente traqueostomizado para sua recuperação. Os resultados apontam que os Auxiliares e Técnicos, desenvolvem mais orientações do que o enfermeiro (p=0,028). CONCLUSÃO: evidenciou-se no estudo que na impossibilidade de comunicação verbal pelo paciente, os participantes do estudo se utilizam de estratégias diferenciadas de comunicação, como gestos, sinalização e comunicação escrita.

Conhecimentos De Usuários De Uma Clínica Cirúrgica Sobre a Ocorrência De Incidentes

“…A comunicação efetiva possibilita um relacionamento positivo entre a equipe de saúde e o paciente, sendo fundamental para prestar uma boa assistência, bem como contribui para uma melhor e mais rápida recuperação do paciente (8) . Uma das estratégias de prevenção de incidentes durante a hospitalização é a comunicação eficaz entre paciente/profissional, assim como o envolvimento do paciente no cuidado, considerando o mesmo como parceiro pleno na assistência.…”

A comunicação do paciente traqueostomizado: uma revisão integrativa

“…Apart from reducing conflicts, proper communication aims to accomplish defined goals, mainly in the interaction between health professionals and patients, building bonds and clearing doubts in relation to the performed surgical procedure 9,[17][18][19] . The study enabled to determine the level of clinical consistency in speech-language therapy and tracheostomy care in adult patients.…”

“…The choice of the most adequate strategy for each patient is a skill acquired along the professional practice, involving gestures; writing, since the patient is literate or has the habit of writing; lip reading; magic slate and illustrative cards, being fundamental, to all resources, patient and message recipient's positioning 19 . Thus, the adoption of resources, such as gestures and written communication, added to the presence of family members, facilitates the understanding of patients' needs 9,19 . According to the authors of this review, the knowledge of tracheostomized patients is a daily theme, addressed in the hospital they work for.…”

“…The difficulty in verbal communication between patients and healthcare professionals limits patients' participation in treatment planning as well as in social interaction 7 . However, there are probable verbal and non-verbal methods to be selected and adapted to critically-ill patients, which collaborate for their well-being, safety and respect, being a major tool for delivering quality care, and cooperating for patients' fast recovery 8,9 . The suitability of effective communication not only enables patients' better adaptation to the daily routine of the hospital unit, but also fosters the identification of their health needs and humanized care delivery 10 .…”

Limitações e potencialidades da passagem de plantão de enfermagem na atenção hospitalar

“…As abordagens aos aspectos específicos podem focalizar os processos básicos, como codificação verbal e não verbal, significado e pensamento, mudança e persuasão; ou no contexto da comunicação, como: interpessoal, pequeno grupo, organizacional e de massa (STEFANELLI; CARVALHO, 2012). Interação é o processo recíproco em que cada pessoa é confrontada com a tarefa de construir ações pessoais, pela interpretação e definição das ações dos outros (STEFANELLI; CARVALHO, 2012).Para que a comunicação seja compreendida como instrumento de ajuda terapêutica, o enfermeiro deve possuir conhecimentos fundamentais sobre as bases teóricas da comunicação e adquirir habilidades de relacionamento interpessoal para agir de modo positivo na assistência ao paciente, devendo escutar, falar quando necessário, ser passível de perguntas, ter honestidade, respeito e tempo suficiente para concluir o diálogo com o usuário(MOURÃO et al, 2009).A comunicação é uma necessidade humana básica, tida como processo contínuo tornando o ser humano um ser social e é por meio dela que o usuário exterioriza suas necessidades, sentimentos, interage com a equipe multidisciplinar, facilitando a identificação de sinais e sintomas, reconhecendo desconfortos e problemas em sua saúde(GASPAR et al, 2015). clareza na comunicação do enfermeiro com usuário deve ser baseada em técnicas para atingir os objetivos da comunicação, quais sejam: verbalizar interesse no que o usuário está transmitindo de informações, permanecer em silêncio quando esse se expressa, não interromper a fala do usuário, ouvir reflexivamente e validar as mensagens que recebe(MOURÃO et al, 2009).Eventos graves indesejáveis, que ocorrem em instituições de saúde e causam comprometimento ao usuário e/ou acompanhantes com ou sem sequelas, são prejuízos decorrentes de falha na comunicação e mostram que a qualidade do serviço precisa ser melhorada.…”