A educação social nos novos espaços e tempos: as realidades entroncadas da intervenção social e educativa

Abstract

O artigo norteia-se pelos seguintes objetivos, na base de uma metodologia hermenêutica (analítica) que coincide com os pontos estruturais do texto: Analisar os indícios/vestígios da realidade atual e o reto da educação social; Clarificar conceptual e semanticamente a pedagogia social e educação social, no âmbito das Ciências da Educação; Compreender a (inter)relação entre a pedagogia social (âmbito teórico) e a educação social (âmbito prático), especialmente a prática da ação pedagógico-social do educador social na comunidade; Aprofundar a pedagogia social e educação social no contexto da intervenção social escolar. Servimo-nos de um quadro teórico-conceptual norteado por um conjunto de estudos de especialistas sobre a pedagogia social e educação social, que nos levaram a aprofundar estes conceitos nos novos espaços e tempos atuais da sociedade em geral. Os espaços e tempos na atualidade marcam a Pedagogia no âmbito social, seja ao nível escolar e não-escolar. Sabemos que a globalização fez proliferar ‘espaço e tempo’ no aprender e nas formas de conviver, com novas caraterísticas e áreas de ação ou intervenção. Pretendemos que a educação social inclua uma série de caraterísticas de intervenção, relacionadas com áreas específicas que são hoje fundamentais, para além daquelas que a sua evolução e identidade têm abarcado, por exemplo: educação escolar de adultos, gerontológica e intergeracional; o empreendedorismo social; a educação ambiental e ecológica; a gestão e promoção da cultura, do patrimônio e do turismo ecológico/rural; os imigrantes, os refugiados e os grupos étnicos; a promoção da mulher; a mediação (escolar, social), etc.

Ensino remoto de emergência no período da pandemia: o uso da tecnologia e inovação nas instituições de Ensino Superior

“…Outro ponto que se mostrou inovador foi a capacidade dos docentes de participar do modo de ensino remoto, visto que não houve nenhum tipo de preparação ou treinamento para utilizar os métodos de EAD (Avelino & Mendes, 2020). Todavia, Martins (2020) Há de se considerar que o celular no Brasil possui cerca de 300 milhões de usuários, um crescimento constante.…”

“…Diante esse fato, tem-se que a forma com que o método EAD evoluiu no período de pandemia se deve pela capacidade de integrar os smartphones como meio de aprendizado móvel. (Martins, 2020) Graças às políticas implementadas e à dinâmica favorável do EAD, cerca de 90% dos alunos das IES aderiram a estudar de remotamente. Dados contínuos do MEC confirmam um aumento na ocupação, formalização, diminuição do abandono dos cursos pelos alunos nas universidades, com a menor taxa e com a crescente busca por novas matrículas o EAD está no auge da sua capacidade (Martins, 2020)…”

Impactos e desafios do ensino on-line decorrentes da pandemia COVID-19

“…Como dito na introdução deste artigo, refletir sobre a trilha pedagógica a fim de atingir as finalidades presentes na LDB nº 9.394/96 (BRASIL, 1996) e incorporar nas aulas, em todos os níveis, as melhores práticas, além de fazer parte do movimento inerente à técnica e à tecnologia educacional, vai ao encontro do perfil do estudante, caracterizado como a geração Z, e que compõem um coletivo social caracterizado por permanente mudança (BEZERRA et al, 2019). A educação, composta por professores, gestores, estudantes, modalidades educacionais, escolas, marco regulatório, áreas do saber, não tem um fim em si mesma, mas ganha força e valor na medida, "na aquisição de novos discursos", como defende Martins (2020Martins ( , p. 2172, em que serve de instrumento para ajudar as pessoas na autonomia intelectual, no exercício da ética, da paz, da cidadania, na inserção ao mercado de trabalho e no equilíbrio emocional.…”

Desafios do ensino remoto para os professores de uma escola de tempo integral no munícipio de Augustinópolis -TO / Challenges of remote teaching for teachers at a full-time school in the municipality of Augustinópolis - TO

“…Devido as circunstâncias caóticas provocadas pela pandemia, houve a intensificação de uma série de providências com o objetivo de minimizar os impactos do coronavírus, e uma das que mais geraram discussões, foi em relação a suspensão das atividades educativas presenciais, o que acabou servindo de alerta para uma grande lacuna no sistema de educação do nosso país, colocando professores e alunos frente ao chamado "ensino remoto emergencial", ocasionando uma abrupta mudança nas práticas pedagógicas, onde os docentes precisaram se reinventar e transpor as metodologias tradicionais do ensino físico, necessitando se adaptar a curto prazo, a inserção dos recursos digitais as suas aulas (MOREIRA; HENRIQUES; BARROS, 2020). No entanto, Martins (2020) observa que o processo de adaptação às novas estratégias de ensino direcionadas ao manuseio de ferramentas digitais, ainda está aquém do desejado, simplesmente por destoar da realidade da maioria dos professores, que não dispõem na maioria das vezes de uma formação tecnológica necessária, além de terem condições básicas para que esses instrumentos sejam utilizados em suas aulas, e consigam alcançar os seus alunos, tendo em vista sobretudo a grande desigualdade social vivida pela maioria dos estudantes brasileiros das escolas públicas, sem acesso à internet ou dispositivos móveis.…”