Este artigo objetiva refletir sobre os impactos e desafios impostos ao ensino on-line, em território brasileiro, em 2020, um ano atípico, dada à incidência e readequação da agenda educacional imposta pela pandemia da COVID-19. Para isso, abordou-se o marco regulatório expedido pelo governo federal brasileiro e pelo MEC, apresentando as normativas específicas na Universidade Federal da Grande Dourados -UFGD. Mostrou-se que as modalidades de educação presencial e a distância sofreram impactos relacionados à alteração da agenda e do formato pedagógico, visto que cursos de graduação EaD, devido ao Decreto nº 9057/2017 (BRASIL, 2017), geram em algum momento, fluxo social. Admite-se que tem ocorrido mudanças de comportamento da sociedade na vivência do ensino remoto subsidiado por um conjunto normativo e de disponibilização tecnológica, sobretudo, as que viabilizam as aulas no formato de webconferências.
Neste trabalho investigamos a promoção da argumentação em ambiente de realidade virtual. Para isso, criamos na plataforma Sandbox uma simulação sobre o Lançamento Oblíquo de um Objeto com uma questão problema a ser respondida, sendo: Existem dois objetos no ambiente da simulação, A e B. Ao fazer lançamentos para acertá-los, qual dos alvos é atingido no menor tempo de voo?, e a implementamos à 14 licenciandos de cursos de ciências exatas de uma universidade pública brasileira no bojo de uma disciplina sobre materiais didáticos. Os discentes para resolverem o problema trabalharam em duplas em computadores diferentes, em que a interação se deu por meio de um chat. As mensagens gravadas nesse recurso foram exportadas para planilhas eletrônicas e analisadas a partir do Quadro Analítico Rainbow, o qual configura-se como uma ferramenta à análise de discussões argumentativas em ambientes de Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional. Verificou-se pelos resultados um movimento assertivo dos licenciandos para a resolução do problema, com predominância de ações focadas à prática argumentativa. Tal resultado direciona o potencial da realidade virtual à promoção da argumentação, à aprendizagem imersiva de conceitos de Física, bem como ao favorecimento da aproximação de futuros professores das demandas colocadas por uma sociedade cada vez mais informatizada, como é o caso do Mundo Virtual.
Abstract. This work discusses the use of a 3D virtual environment in the formation of Physics teachers. Using a 3D simulation in the Sandbox platform, Bachelor's students in Physics of a federal public university were invited to work collaboratively, forming a group of two students, to solve a problem involving the projectile motion. Initial analysis shows that the chat tool allowed students a greater interaction collaborating in the learning process. In fact 79% of students felt that the experiment helped to understand the projectile motion concept.Resumo. Este artigo discute o uso de um ambiente virtual 3D na formação de professores de Física. A partir de uma simulação 3D na plataforma Sandbox, duplas de alunos da Licenciatura em Física de uma universidade pública federal foram convidadas a trabalharem colaborativamente na resolução de um problema envolvendo o lançamento oblíquo de objetos. Análise inicial mostra que para os alunos a ferramenta de chat possibilitou uma maior interação com o colega colaborando no processo de aprendizagem. Ao todo 79% dos alunos consideraram que o experimento contribuiu para entender o conceito de lançamento de projétil. IntroduçãoSe de um lado a velocidade e os avanços em Tecnologia da Informação tem impulsionado um aumento no uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem-AVA, por outro se observa uma demanda crescente por ferramentas que potencializem as relações dos usuários com esses ambientes. Diferentes formas de comunicação, percepção, capacidade de agir, interferir no ambiente, e o realismo, podem contribuir para motivar e envolver o usuário no processo de construção do seu conhecimento. Umaárea de investigação que tem se ocupando deste temaé a Interação Homem-Computador, a qual busca oferecer interfaces que contemplem diferentes formas ao usuário para interagir com a máquina. Neste processo, as interfaces que suportam interações multimodais avançam o conhecido padrão gráfico baseado em Janelas,Ícones, Menus e Ponteiros (padrão WIMP) implementando modos de comunicação mais intuitivos. Somando as interações multimodais aos ambientes virtuais imersivos obtém-se um mundo virtual (MV) que oferece ao usuário uma percepção de realismo não presenciada, em geral, nos AVA's.Os usuários, habitantes destes MV's, são representados por modelos gráficos, denominados avatares que lhes possibilitam interagirem entre si e com o "mundo", podendo
A institucionalização da EaD no Brasil, com ênfase nas Instituições Federais de Ensino Superior, é a temática abordada neste artigo. O recorte temporal utilizado na pesquisa com metodologia pautada na análise documental em sites do governo foi feito de 2000 a 2019, com ênfase nas políticas públicas para promoção da EaD por meio de programas e planos de governo, como o REUNI, UAB, VSL. O desenvolvimento da pesquisa aponta que tais inciativas acabam se configurando como causas geradoras de ações no âmbito educacional que necessariamente têm efeitos. O escopo teórico que relaciona as políticas públicas e seus efeitos nas IFES, numa perspectiva exógena e efeito endógeno é trazido por Rezende (2013); Katznelson e Weingast (2005). É nessa dicotomia causa-efeito que se analisa o aspecto institucional da EaD nas IFES, com análise configurando estudo de caso, a EaD da UFGD. As considerações finais apontam que a realidade do processo de institucionalização da EaD nas IFES é, ainda, tangencial, mesmo com o avanço da EaD nesses espaços, na última década, justamente, porque, apesar de ter havido, por parte do governo federal, mais empenho no campo normativo dessa modalidade educacional, não houve, de forma simultânea, descentralização orçamentária específica ao custo-aluno da EaD nas universidades federais. Tal realidade é desafiante e convidativa à criação de políticas públicas propositivas e geradoras de modelos institucionais da EaD nas IFES, fortalecendo-as endogenamente.
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