A economia simbólica dos acervos literários: itinerários de produção da crença em Cora Coralina

Abstract

Resumo: Este artigo examina a produção da crença na escritora Cora

<b>De uma literatura combativa a uma literatura pacificada: a questão do controle sobre a poesia de Cora Coralina

“…Entretanto, segundo Britto, Coralina chegou a colaborar com impressos das cidades por onde morou e para a revista A Informação Goyana, voltada para goianos que moravam no Rio de Janeiro. Ela se mantinha informada sobre novidades no meio literário de Goiás e lançamentos de escritores conterrâneos e, sobre isso, Coralina trocava cartas com o escritor goiano Paulo Emílio Póvoa (Britto, 2011).…”

“…Se não bastasse ser mulher, velha e sem posses, as escolhas estéticas feitas por Cora não agradavam aos críticos, entre os motivos, por optar por um vocabulário popular e personagens 1 Clovis Britto (2011), além de ter defendido tese de doutorado (Universidade de Brasília, 2011) sobre Coralina, publicou, em coautoria com Rita Seda, a obra Cora Coralina: Raízes de Aninha (2009). Ideias & Letras. marginalizados, como escravas e sinhás, analfabetas e professoras, prostitutas e lavadeiras.…”

“…Ele escreveu uma crônica elogionado a poeta e, a partir daí, a visibilidade do trabalho de Coralina aumentou exponencialmente. Drummond foi um divisor de águas na carreira literária da escritora (Britto, 2011), como veremos mais adiante, a partir de formulação de Pascale Casanova (2011), crítica literária francesa, foi um agente 'pacificador'.…”

Inéditos E Dispersos: Notas Sobre Autonomia Poética Em Ana Cristina Cesar Sob a Ótica De Pierre Bourdieu.

“…Mesmo frequentando os encontros do grupo da poesia marginal, possuía uma performance poética mais acurada e específica em relação aos demais poetas. De acordo com Nascimento (2015) e Britto (2016), Ana Cristina Cesar desenvolveu uma maneira diferente de escrever poesia, apresentando estrutura refinada de criação simbólica e de aprofundamento da polissemia do texto.…”