Violência obstétricaParto e trauma Violência e consequências psicológicas A Violência Obstétrica pode ser definida como práticas contra a saúde sexual e reprodutiva da mulher grávida, podendo ainda considerar-se uma apropriação do corpo da mulher, marcado por um tratamento desumanizado. Suas principais tipificações são: violência física, psicológica e sexual. Por exemplo, pode-se citar, respectivamente: a manobra de Kristeller e uso rotineiro de ocitocina; omissão de informações e humilhações; episiotomia e exames de toques invasivos, constantes ou agressivos. Foi constatado no Brasil em 2010 que uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência obstétrica. Diante disso, a mulher em paralelo, vivencia um importante momento da sua vida, marcado por transformações físicas, psíquicas e sociais, podendo qualquer evento externo ter impacto significativo na saúde mental da mãe como do bebê. Portanto, a pesquisa teve como objetivo geral identificar as consequências psicológicas que acometem as mulheres vítimas da violência obstétrica. Assim como, analisar quais são esses efeitos e sua relação com a violência de gênero. Para isso, o trabalho teve como percurso metodológico a pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo e exploratório. Diante das palavras chaves selecionadas e os critérios de inclusão e exclusão, resultou-se em 10 artigos científicos para a análise de dados, evidenciando-se que a saúde psicológica da mulher é afetada por se tratar de um período de grande vulnerabilidade, havendo a presença de sofrimento emocional, como tristeza, angústia, culpa, medo, inferioridade e insegurança, assim como o aparecimento de comorbidades, traumas e o impacto negativo na sua qualidade de vida. Visando o alcance do objetivo, buscou-se discutir a temática para dar visibilidade, promover a conscientização e estimular a prevenção dessa violência que faz parte da realidade brasileira, assim como contribuir para o meio científico que contém escassez de materiais em relação aos fenômenos psicológicos.