A democracia ateniense pelo avesso: os metecos e a política dos discursos de Lísias

Abstract

Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam e contribuíram para que a jornada do mestrado fosse possível. Farei o máximo para me lembrar de todos, mas já digo que boa memória não é a minha melhor qualidade! À minha família, que suportou a minha ausência mas que nunca foi ausente para

Agência, conflitos e subalternidade na antiguidade abordagens multidisciplinares entre história, literatura e cultura material: antiguidade e subalternidade 1

“…Há tanto uma visibilidade por parte das práticas que envolvem os mortos, assim como uma invisibilidade nas mesmas. Portanto, a pólis institucional (SOARES, 2009) é aquela que pressupõe as estruturas previstas dentro da organização da pólis por e com seus cidadãos. Entretanto, essas sociabilidades podem ser além das instituições previstas pela pólis, mas também abarcar as vivências cotidianas das pessoas.…”

“…Estas eram possibilidades de construção e reconstrução da pólis como um elemento fluido que comportava diversos grupos sociais em um espaço único. Segundo Soares (2009), esses elementos representavam "brechas" dentro da conformidade esperada para os cidadãos e não cidadãos no período. Para isso, vamos nos ater aos discursos presentes e em sua materialidade, como meio de agir e reagir a pólis, no período.…”

Grupos subalternos e exploração do trabalho na Antiguidade: uma entrevista com Fábio Duarte Joly

“…Essa proposta tem permitido questionar de forma mais incisiva uma tradição historiográfica que conferia muito peso à participação política dos cidadãos nas cidades-Estados gregas e romanas em detrimento dos outros habitantes das cidades, como mulheres, escravos, estrangeiros e libertos. O livro de Fábio Morales (2014) sobre os metecos atenienses reflete bem esse redirecionamento para o estudo de uma política feita pelos não-cidadãos. Igualmente relevante são as tentativas de se escrever uma história do campesinato, não como geralmente apresentado como coadjuvante ou vítima de processos políticos e militares mais amplos, mas como tendo um protagonismo e motivações ou objetivos próprios (ver, por exemplo, os trabalhos de KNUST, 2016e SILVA, 2016.…”