“…A1 pode ter encontrado na escrita do diário um meio de simbolizar, de trabalhar com um resto que lhe fazia sofrer; a escrita, assim, parece ter tido uma função terapêutica, possibilitando a A1 substituir sua angústia...(BARTHO; UYENO, 2015, p.56). Uyeno(2015) apontam que o trabalho desenvolvido na instituição de acolhimento pode ter contribuído para um deslocamento subjetivo dos adolescentes e, consequentemente, para uma possível transformação da identidade que possam assumir. A conclusão foi corroborada por observações trazidas pelos próprios funcionários do abrigo, em relação ao comportamento desses adolescentes:"mudanças de hábitos, como ler e escrever espontaneamente, revelação de preocupação com o futuro, diminuição de queixas que pareciam fixar os adolescentes como facilitador para o emprego de intervenções psicoterapêuticas, visando contribuir para a recuperação psíquica e integração emocional das crianças acolhidas, com objetivo último da saúde mental: Também sugerem a inclusão de atendimento psicoterapêutico nas instituições, como forma de permitir que crianças e adolescentes acolhidos utilizem os recursos favoráveis que já possuem a favor de seu próprio desenvolvimento(CARETA;MOTTA, 2007).…”