ResumoNeste artigo busca-se discutir as conexões entre homens e saúde abordando algumas arranhaduras da masculinidade. No primeiro momento, trazem-se alguns dados oriundos do seminário temático "Ser homem na contemporaneidade: discutindo algumas arranhaduras da masculinidade" apresentado no Seminário Internacional Rotas Críticas III, realizado na cidade de Porto Alegre, Brasil, em 2011. Por conseguinte, discute-se o processo de socialização masculino e pontuase alguns aspectos da vida cotidiana que podem colocar em risco/ameaçar ou arranhar a masculinidade, como buscar cuidado e até mesmo o próprio processo de envelhecimento. Assinala-se que a masculinidade heteronormativa configura-se como modelo hegemônico, sobressaindo sobre os demais modelos. Assim, ser homem é cumprir papéis e prescrições, que estão enraizadas em uma sociedade que se estrutura em função do gênero, mesmo quando colocam em risco sua saúde.
Palabras clave
IntroduçãoConhecer as conexões entre homens e saúde é o desafio que tem nos motivado desde 2009. Por ser um tema recente ainda há lacunas quando se fala das relações estabelecidas entre ser homem, cuidado com a saúde e masculinidade, que tem nos impulsionado a seguir realizando estudos nos quais cada vez mais homens tenham vez, voz e porque não dizer, mais visibilidade no campo da saúde.O tema saúde do homem no Brasil teve os seus primeiros debates na década de 1970. Estas discussões se caracterizavam por relacionar o modelo hegemônico de masculinidade a déficits e/ ou agravos à saúde (Gomes & Nascimento, 2006). No entanto, o avanço dessas discussões deu-se somente após a incorporação das relações de gênero como determinantes do processo de adoecimento e do reconhecimento da saúde como um direito dos homens brasileiros (Brasil, 2008).259 Gerhardt, Tatiana Engel (2013). Conexões entre Homens e Saúde: discutindo algumas arranhaduras da masculinidade. Athenea Digital, 13(2), 259-266. Disponible en