A clinical approach to paediatric acid–base disorders

Abstract

Acid-base disorders are common in pediatric patients. We present a simple methodology for assessing both simple and complex acid-base disorders that is applicable to patients of all ages, and focus specifically on the usefulness of this approach in the pediatric patient. The application of four simple rules in sequence will define even the most complicated acid-base disturbance. However, because acid-base disorders are manifestations of systemic disorders, the primary value of characterizing them is that each generates a unique differential diagnosis. For each of the cardinal acid base disorders, the common and clinically-relevant causes in pediatric patients are explored. Additional diagnostic tools (including the serum anion gap, the delta-delta, the alveolar-arterial gradient, urine anion gap, and urine chloride), certain easily-recalled mnemonics, and empiric rules of thumb are also useful in specific situations. The treatment of acid-base disturbances is also considered, though treatment is generally best directed at the underlying disorder.

Abordagem clínica dos distúrbios do equilíbrio ácido-base

“…O aumento da produção de ácidos orgânicos pode resultar do excesso da atividade de uma via metabólica normal (p.ex., produção de ácido láctico durante a hipóxia) ou do metabolismo de substâncias tóxicas (p.ex., metanol e etilenoglicol). 1 Na acidose metabólica pelo acúmulo de ácidos, o aumento do ânion gap acima de 12 mEq/L deve ser igual à queda da concentração plasmática de HCO 3 abaixo de 25 mmol/ L. 8,12 Na insuficiência renal, a acidose metabólica resulta da carga de H + da dieta associada à falha dos rins em gerar novo HCO 3 em decorrência de diminuição da síntese e da excreção de NH 4 + . O aumento do ânion gap plasmático nesta situação não representa a produção de quantidades aumentadas de novos ácidos; reflete, no entanto, a baixa taxa de filtração glomerular, com redução da excreção e acúmulo dos ânions SO tado é o déficit de HCO 3 e o ganho de ânions β-HBno compartimento EC.…”

“…Quando o aumento do ânion gap é menor do que a queda da concentração plasmática de HCO 3 -, há dois processos contribuindo para a diminuição na concentração de HCO 3 -: além da acidose metabólica do tipo ânion gap aumentado, acidose metabólica do tipo ânion gap normal também está presente. 6,7,8…”

“…Entretanto, é importante conhecer os valores de referência do laboratório local, pois técnicas analíticas modernas que utilizam eletrodos iônicos específicos podem resultar em faixa normal muito mais estreita para o ânion gap (6 ± 3 mEq/L) em decorrência de medidas mais precisas de Clplasmático. 8 O valor do ânion gap deve ser ajustado pela concentração plasmática de albumina, que constitui o principal componente do ânion gap. Em algumas situações clínicas, a concentração plasmática de albumina pode estar baixa (p.…”

“…1 Ressalta-se que valores de ânion gap acima de 20 mEq/L indicam a presença de acidose metabólica, independente do pH e da concentração de HCO 3 no plasma. 7,8 Normalmente, o aumento do ânion gap é proporcional à queda da concentração de HCO 3 no plasma, na razão de 1:1. Isto ocorre porque a adição de um ácido ao sangue deve causar uma mudança equimolar no bicarbonato e no ânion não medido, conforme a Equação Normalmente, a diferença entre a osmolaridade medida e a calculada é ≤ 10 mOsm/kg H 2 O. Um gap osmolar maior do que 20 mOsm/kg H 2 O sugere a presença de álcool no sangue (etanol, metanol ou etilenoglicol).…”

“…Por outro lado, quando a elevação do ânion gap é maior que a queda do HCO 3 -, há alcalose metabólica coexistente. 7,8 O gap osmolar no plasma, ou seja, a diferença entre a osmolaridade plasmática medida e a calculada, é útil para detectar a presença de álcoois no sangue. Em virtude de seu baixo peso molecular e das grandes quantidades ingeridas, o acúmulo de álcoois eleva substancialmente a osmolaridade plasmática e causa uma disparidade entre a osmolaridade medida e a calculada.…”