A cegueira e as narrativas silenciadas: contornando os obstáculos, enfrentando o estigma

Abstract

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Spinal Cord Injury in Portugal: Institutional and Personal Challenges

“…Thus, dys-appearance —the affix dys comes from the Greek for “bad”—denotes an increased awareness of the body as functioning via irregularity, loss, or excess. From the point of view of subjective perceptions of one’s own body, a person with a spinal cord injury is confronted with a feeling of vulnerability in a body devoid of references from before the accident, what Martins (2006, 2008) referred elsewhere as the “anguish of corporal transgression.” This refers to an aspect of personal suffering that is eminently corporal and cannot be fully grasped in terms of social factors. We are therefore addressing the vulnerability that is the result of a “failing body” that transgresses the references for existence or the references for living in the world.…”

“…In Portugal, persons with disabilities experience blatant exclusion and a social context that oppresses their specific situation. Despite successive legislative proposals and the ongoing elaboration of social policies that have the stated aim of fostering social inclusion for this particularly vulnerable group, the social reality bears witness to the stubborn survival of this socially exclusive framework (Fontes, 2009; Martins, 2006). In conceptual terms, disability is an eminently modern category, established in opposition to the biomedical model of normality.…”

A Deficiência E as Políticas Sociais Em Portugal: Retrato De Uma Democracia Em Curso

“…Portanto, a resposta para o sistemático adiamento dos trilhos de inclusão social (aqueles que a sociedade deverá percorrer, e não as pessoas com deficiência) reporta ao modo como o elemento biológico na base da opressão das pessoas com deficiência aparece mais resistente à desnaturalização da subalternidade do que aquele que está, por exemplo, na base das construções de raça ou diferença sexual. Isto assim é, primeiro, porque muitas deficiências poderão estar associadas, nalguns momentos, a formas de sofrimento e privação mais diretamente associadas com a experiência subjetiva do próprio corpo, aproximando-nos daquilo que noutro lugar (MARTINS, 2006) designei por "angústia da transgressão corporal". E, em segundo lugar, porque as deficiências nos colocam frequentemente perante formas de realização e interação diversas daquelas que nos habituámos a consagrar como normais à luz do fechamento de sentido promovido por uma perniciosa "hegemonia da normalidade" (DAVIS, 1995).…”

Yes, we fuck! Challenging the misfit sexual body through disabled women’s narratives

“…However, many conservative features remain ingrained in the dominant culture. Considering the prevalent cultural features related to patriarchy and ableism in Portugal (Fontes, 2014; Martins, 2006; Tavares, 2011), many disabled women are in a particularly vulnerable position, accumulating inequalities based on ableism and sexism. 1…”