“…Essa anestesia é realizada geralmente com o cloridrato de lidocaína 2% através de técnicas infiltrativas circulares à herniação, principalmente nas hérnias umbilicais (Karrouf et al, 2017) ou em linha nas hérnias abdominais, inguinais, escrotais (Al-Sobayil e Ahmed, 2007;Dey et al, 2018), sendo que a depender do tamanho da herniação o volume do fármaco pode ser grande, podendo levar ao risco de intoxicação, além da possibilidade de formação de edema e hematomas próximo ao local das suturas, comprometendo a cicatrização da ferida (Fubini e DuCharme, 2017; Yadav et al, 2019). Nessas situações, assim como a do relato que apresentava grande área herniada e ausência de musculatura abdominal, recomenda-se realizar a anestesia locorregional paravertebral, que despende menor volume de anestésico e demonstra maior ação nas diversas camadas musculares (Yadav et al, 2019), ou ainda a anestesia epidural, nos casos de histerocele com necessidade de cesareana (Kitessa et al, 2021). Comparando as técnicas anestésicas parvetebral distal e em linha em laparotomias pelo flanco em caprinos, foi relatado que a paravertebral foi mais efetiva no controle da dor, no entanto recomendou-se que em ambas as técnicas seja realizado um reforço no transoperatório, uma vez que a supressão total de reações de dor foi observado em somente 50% dos animais.…”