Este trabalho se propôs a examinar a elaboração da melancolia em Moço em estado de sítio, de Oduvaldo Vianna Filho, escrita logo após o golpe militar de 1964. Por meio da leitura analítica dessa produção dramatúrgica, foi analisado de que forma as tensões e desavenças que permeiam as personagens centrais, bem como a própria estrutura da narrativa, traçam uma espécie de diagnóstico melancólico do país diante da fratura social e do mal estar advindos do regime militar, assim como da estagnação de uma geração de intelectuais e artistas que se viu, após 64, igualmente sitiada.