Introdução: O aneurisma cerebral é a formação de uma dilatação em vasos cerebrais. Diversas formas de conduta estão descritas nas diretrizes de tratamento, sendo as mais comuns a clipagem e a embolização. Objetivo: Comparar epidemiologicamente clipagem e a embolização endoscópica como tratamento de aneurisma no Brasil, entre 2010 e 2020. Metodologia: Estudo analítico, observacional, longitudinal e retrospectivo. Foi realizada a estimativa de tendência da taxa de mortalidade de cada procedimento utilizando o método de regressão linear Prais-Winsten e o cálculo de razão de odds para comparação da variável óbito. Resultados: Foram gastos R$393 milhões na realização de embolização de aneurismas e R$99 milhões em clipagens. Para embolização, a taxa de mortalidade apresentou ritmo constante, enquanto para clipagens a tendência foi crescente. A análise de odds demonstrou maior risco de mortalidade para realização de clipagens. Conclusão: Os achados do estudo evidenciam um predomínio de tratamento endovascular no SUS, porém ele está associado a maiores gastos. Por ser um procedimento mais invasivo, a clipagem pode estar associada a um maior risco de mortalidade. Foi observada uma redução dos gastos despendidos com ambos os procedimentos ao longo do período analisado, sugerindo diminuição da realização dessas terapias no SUS.