22 Dezembro 1938 - Arthur Bispo do Rosário: um estudo antropológico sobre arte e loucura

Abstract

À minha família, por estar sempre ao meu lado e por acreditar em mim; À minha orientadora, Ana Claudia Duarte Rocha Marques, pelas contribuições e leituras, pelo incentivo e paciência; A Layon André, pelo companheirismo, pelo sorriso e pelas infindáveis horas ao som de Portishead...; Aos especiais, Gabriel Pugliese Cardoso, Rosemary Segurado, Augusto Contador Borges e Carla Diéguez pelo incentivo, carinho e amizade de sempre; Às professoras Fernanda Peixoto e Lilia Schwarcz pelas sugestões, comentários e pela maneira incrível como conduziram meu exame de qualificação; Aos professores Marcio Silva, Paula Monteiro, Dayse Piccinini e Ricardo Fabrini pela contribuição que suas disciplinas deram à minha formação; A todos os meus amigos, em especial,

Os Imperativos da Arte: encontros com a loucura em Portugal do século XX

“…E em meio a isso, em especial após sua morte, ocorre o encontro da critica de arte com sua produção, o que vai culminar em uma série de exposições de arte, em Bienais nacionais e internacionais -tal qual a Bienal de Veneza de 1995 e de 2013. Há muitas pesquisas sobre Arthur Bispo do Rosário, de um ponto de vista mais biográfico indico a leitura de HIDALGO, 1996; sobre esta discussão acerca das relações entre arte contemporânea e suas obras indico LAGNADO, 1999, FRANCO, 2011, 2007 e, mais recentemente CABAÑAS, 2016. Uma observação: em outubro de 2018 está previsto o lançamento do livro de Cabanãs, Learning from Madness -Brazilian Modernism and Global Contemporary que deixo registrado como indicação para futuras leituras.…”

O falatório de Stela do Patrocínio e o discurso da crítica literária: variações

“…Durante as gravações, Arthur Bispo do Rosário foi entrevistado e mostrou os objetos que confeccionava para a reconstrução do mundo, conforme, como afirmava, a missão divina ordenada a ele. Rosário desfiava panos velhos para conseguir linha e costurar os seus estandartes, assim como recolhia notícias de jornal, juntava objetos descartáveis, entre outros materiais, para cumprir a sua missão de reconstruir o mundo (FRANCO, 2011;CABAÑAS, 2018).…”

“…Tais enquadramentos estéticos parecem buscar na obra de Bispo o domínio do "diferente", do "exótico", e encaixá-lo no próprio padrão racional do qual suas produções se afastam. Produções que, para Bispo do Rosário, não eram obras de arte, mas a reconstrução do mundo segundo as ordens divinas(CABAÑAS, 2018;FRANCO, 2011).…”

À procura de um norte: fronteira e território em >i<Norte>/i<, de Edmundo Paz Soldán

“…Além disso, trazemos as pesquisas específicas a Martín Ramírez feitas por Espinosa (2015) e Irwin (2014), assim como um artigo de Martín Guijón (2011) sobre Norte. Já a problemática da arte feita por pessoas internadas em instituições psiquiátricas é abordada à luz de Franco (2011), Andriolo (2004) e Dubuffet (1986). Tudo isso com o intuito de traçar relações entre o personagem e a construção de uma territorialidade fronteiriça por se tratar de uma subjetividade imigrante em meio ao hermetismo hospitalar, que aliena seus internos.…”

“…Tratam-se, portanto, de processos de composição essencialmente distintos. De acordo com Franco (2011), cada uma dessas formas de arte é frequentemente vista, em sua substância final, de modo que a feita por Martín teria valor puramente estético enquanto que a feita por Michele possuiria valor artístico, dado o processo de racionalização pelo qual passou antes de chegar ao resultado final:…”