153 Timing of bacterial colonization in Cystic Fibrosis with emphasis on Staphylococcus aureus

Desfechos clínicos associados à identificação de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em secreção respiratória de lactentes e pré-escolares com fibrose cística

“…Sendo assim, o terceiro patógeno bacteriano mais prevalente em secreção respiratória (39,40).Por sua vez, no território brasileiro, segundo dados contidos no REBRAFC (Registro Brasileiro de Fibrose Cística), observou -se prevalência de 7,6%, em um total de 3152 indivíduos no ano de 2020, permanecendo, também, como o terceiro patógeno mais prevalente em indivíduos com faixa etária pediátrica(4). Alguns estudos revelaram cepas idênticas de MRSA em pacientes de um mesmo centro, evidenciando possível transmissão inter-pacientes (44,46,49).…”

“…Parece claro que a infecção crônica por MRSA associa-se a piores desfechos clínicos e funcionais em pessoas com FC (35,37,42,50). No entanto, as origens das infecções por MRSA no início da vida seguem ainda cercadas de incertezas, e alguns pacientes são infectados de forma transitória sem grande repercussão (46). Algumas das estratégias de erradicação de determinados patógenos, como MRSA, devem ser extrapoladas das condutas que já são utilizadas para erradicação, por exemplo, de Pseudomonas aeruginosa (53).…”

“…Em um estudo anterior realizado no Paraná,Souza et al (2006) (46) identificaram como MRSA 24% dos clones de S. aureus isolados de uma coorte de lactentes e pré-escolares com FC. Essas cepas apresentavam perfil genético semelhante a outras cepas hospitalares de MRSA comumente encontradas no Brasil, indicando admissão hospitalar como a origem provável(46). Como o MRSA possui vários mecanismos de escape através do sistema imunológico, bem como resistência à antimicrobianos, há uma dificuldade inerente em seu tratamento(51).…”

“…Em 2001 foi realizado um estudo com crianças portadoras de FC em que avaliou culturas de secreção respiratória dos indivíduos, naqueles que tiveram isolamento de MRSA, os autores concluíram que a infecção não atingiu significativamente a função pulmonar, porém conduziu à um impacto pondoestatural(46,47). Neste sentido é sabido que status nutricional tem relação direta com a gravidade da doença, reduzindo de forma direta as taxas de sobrevida(35).…”