Risk measures and the risk-return paradox: an analysis in the context of the economic crisis

Abstract

Purpose-The purpose of this study is to analyze, in the context of the last economic crisis, the prediction capacity of the different risk measures and the relationship between risk and return. Design/methodology/approach-We selected three risk measures constructed using annual accounting data obtained from Spanish companies. A logistic regression was then developed to verify whether the companies' predictions were eventually correct, considering those companies that were able to survive the crisis. A multiple linear regression was subsequently employed in order to review Bowman's paradox, that is, in the risk-return relationship. Findings-The research results support the two hypotheses formulated: 1) variability measures of risk have a greater predictive power than that of downside risk measures; 2) the risk-return paradox is more likely to exist in the more uncertain environment of a pre-crisis period of time. Originality/value-Managers could employ the frameworks developed in this study as important diagnostic tools in order to attain advance warning of whether an organization may be close to failure. An analysis of this nature would then allow a firm to take appropriate action to arrest the process.

A Falácia Do Paradoxo: Uma Análise Do Binômio Risco-Retorno No Mercado De Capitais Brasileiro

“…Outra explicação possível para um retorno inferior em relação ao esperado se refere às condições econômicas e de mercado em que a firma atua. De acordo com Muñoz et al (2020), o ambiente econômico pode influenciar em erro de estimação (ex-ante) ou em desempenho abaixo do esperado (ex-post). Nessas condições, a tendência é de que o retorno superior esperado em ativos de alto risco não se confirme.…”

“…Outros trabalhos reforçam a hipótese de que proxies de risco/retorno a partir de dados contábeis estão associados às proxies de mercado e que, portanto, seguem a relação esperada do binômio (Werneck et al, 2010;Amorim et al, 2012Amorim et al, , 2014Araújo & Machado, 2018;Campos et al, 2014;Giner & Reverte, 2006;Lopes & Alencar, 2010;Marinho et al, 2013;Martinez & Castro, 2011;Souza Filho et al, 2017). Diante dessas evidências, buscou-se analisar a seguinte hipótese: Entretanto, alguns estudos não confirmam a informatividade dos números contábeis na explicação dos retornos esperados das firmas (Mikosz et al, 2020;Muñoz et al, 2020;Perobelli et al, 2016;Pimentel, 2015). Esses resultados adversos quanto à relação risco e retorno têm reforçado a literatura sobre o PB e explicam esse paradoxo como decorrentes de vieses cognitivos, problemas metodológicos e erros na implementação de estratégia (Nickel & Rodriguez, 2002).…”

“…Portanto, sua capacidade preditiva será maior quando ajustadas pelo risco relacionado aos fluxos de caixa futuro da firma (Werneck et al, 2010;Konchitchki et al, 2016;Penman, 2016). Complementarmente, fatores ambientais, como a distribuição dos retornos das firmas em relação ao setor (Henkel, 2009) ou incertezas econômicas, políticas, sociais e normativas dificultam a preditividade dos retornos futuros, o que indica que as relações observadas ex-post podem não se confirmar, conforme observado (Becerra & Markarian, 2021;Campos et al, 2014;Mikosz et al, 2020;Muñoz et al, 2020).…”

“…De forma específica, a literatura publicada nos principais periódicos nacionais não confirmou a associação positiva entre risco e retorno a partir de dados contábeis, os quais atribuem tal anomalia às características dos dados e ou fatores institucionais que fragilizam a aplicação dos modelos tradicionalmente utilizados (Mikosz et al, 2020;Muñoz et al, 2020;Perobelli et al, 2016;Pimentel, 2015).…”

“…Diante disso, a relação negativa ex-ante entre riscoretorno seria uma associação contraintuitiva, apesar de que seja possível que ex-post ocorra por diversos motivos, destacando-se: (i) vieses cognitivos dos investidores e gestores (Kahneman & Tversky, 1979;Kliger & Tsur, 2011); (ii) falha na implementação da estratégia (Holder et al, 2016); (iii) incerteza econômica no contexto da firma (Muñoz et al, 2020); e (iv) nível de competição na indústria (Christensen et al, 2020), entre outros.…”