Parcerias público-privadas e sua importância para a sustentabilidade do espeleoturismo no Brasil

Abstract

No Brasil há mais de 20 mil cavernas registradas no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE), das quais algumas centenas são usadas de modo formal ou informal para a visitação turística e apenas 44 contam com o instrumento formal que regula a gestão deste uso, o Plano de Manejo Espeleológico (PME). Isso implica em aspectos positivos e negativos para o setor e desafios para as entidades gestoras de cavernas turísticas, públicas e privadas. Diante disso, esta investigação foi realizada com o objetivo de apresentar propostas para ampliar a sustentabilidade do espeleoturismo no país. Trata-se de um estudo de caso sobre cinco cavernas turísticas localizadas em Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu através da revisão da literatura e da pesquisa de campo, que envolveu observação direta e entrevista semiestruturada com os gestores utilizando como instrumento um questionário. Posteriormente, os dados foram organizados e interpretados utilizando a análise de conteúdo como método. Os resultados obtidos ressaltam as potencialidades e as limitações de cada tipo de gestão de caverna turística, e constatam que a sustentabilidade do espeleoturismo no Brasil será atingida por meio da consolidação de parcerias efetivas entre o governo e as entidades privadas.

Perspectivas sobre a concessão de serviços de apoio ao turismo no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: um estudo preliminar em tempos de COVID-19

“…Talvez o interesse comum entre esses grupos motive essa ação coletiva, almejando oportunidades socioeconômicas (Bouças da Silva et al, 2020). Aqui se reforça o papel dos mecanismos de controle social nas concessões (Brumatti, 2020), a fim de que essas parcerias não prejudiquem os comunitários ao favorecerem agentes externos (Araujo & Lobo, 2022). O impacto positivo, por meio de investimentos financeiros no PNLM, constitui a contrapartida da concessionária e pode favorecer melhorias à experiência de visitação (Rocktaeschel, 2006).…”

“…No contexto nacional, uma das alternativas utilizadas pela gestão pública para enfrentar essa problemática tem sido o estímulo à participação privada na prestação de serviços de apoio ao turismo em parques (Araujo & Lobo, 2022;Matheus & Raimundo, 2017;Rocktaeschel, 2006;Rodrigues & Abrucio, 2020), em especial, a modalidade de concessão (OPAP, 2020), dado o seu potencial para compatibilizar interesses conservacionistas e econômicos (Brumatti & Rozendo, 2021). Até 2019, havia sete PARNAs brasileiros com serviços de apoio ao turismo concessionados, a exemplo de Tijuca (RJ), Iguaçu (PR) e Veadeiros (GO) (Rodrigues & Abrucio, 2020).…”

Turismo, Sustentabilidade e COVID-19

“…Talvez o interesse comum entre esses grupos motive essa ação coletiva, almejando oportunidades socioeconômicas (Bouças da Silva et al, 2020). Aqui se reforça o papel dos mecanismos de controle social nas concessões (Brumatti, 2020), a fim de que essas parcerias não prejudiquem os comunitários ao favorecerem agentes externos (Araujo & Lobo, 2022). O impacto positivo, por meio de investimentos financeiros no PNLM, constitui a contrapartida da concessionária e pode favorecer melhorias à experiência de visitação (Rocktaeschel, 2006).…”

“…Tais aspectos foram evidenciados por Rodrigues e Abrucio (2019), Brumatti e Rosendo ( 2021) como os principais argumentos dos órgãos públicos na promoção das concessões. Um estudo sobre espeleoturismo em parques mineiros reforçou a importância das parcerias para que esses arranjos contribuam na melhoria da qualidade e segurança na visitação (Araujo & Lobo, 2022).…”

“…No contexto nacional, uma das alternativas utilizadas pela gestão pública para enfrentar essa problemática tem sido o estímulo à participação privada na prestação de serviços de apoio ao turismo em parques (Araujo & Lobo, 2022;Matheus & Raimundo, 2017;Rocktaeschel, 2006;Rodrigues & Abrucio, 2020), em especial, a modalidade de concessão (OPAP, 2020), dado o seu potencial para compatibilizar interesses conservacionistas e econômicos (Brumatti & Rozendo, 2021). Até 2019, havia sete PARNAs brasileiros com serviços de apoio ao turismo concessionados, a exemplo de Tijuca (RJ), Iguaçu (PR) e Veadeiros (GO) (Rodrigues & Abrucio, 2020).…”