Noite de terror na cidade luz: os atos terroristas em Paris e a avaliação da imagem de destino por turistas brasileiros

Abstract


 
 
 
 O terrorismo contemporâneo pode ser considerado um dos males do século XXI e suas ações têm atingido um número cada vez maior de alvos não combatentes. Os grupos extremistas estão à procura de lugares com grande circulação de pessoas como pontos turísticos para realizar os seus ataques. Os atentados almejam alcançar um maior número de kafirs, termo para definir os incrédulos ou infiéis da doutrina islâmica, ou obter uma maior atenção da mídia. Assim, o presente estudo objetivou entender como turistas brasileiros, que estavam em Paris, percebem a interferência da noite dos atentados em 13 e 14 de novembro de 2015 na imagem turística da cidade. A investigação foi qualitativa exploratória com a triangulação dos dados: pesquisa documental, questionários abertos e depoimentos em vídeos, com o uso da análise de conteúdo. Os resultados mostram um impacto mediano na atividade turística, porém pouco importante na imagem da cidade de Paris nos meses subsequentes aos atentados, sendo o fluxo de visitantes reestabelecido em curto prazo. A relevância primordial deste artigo foi compreender o impacto na demanda turística pós-atentados terroristas a partir da percepção dos turistas sob a imagem do destino.
 
 
 

Turistas psicocêntricos e os fatores influenciadores no valor de compra hedônico de um destino turístico de massa

“…Assim, a imagem do destino turístico é o conjunto das experiências, informações obtidas, emoções e lembranças que o indivíduo relaciona com o destino (Hallmann, Zehrer & Muller, 2015;Ferreira et al, 2019). Portanto, há uma relação entra a expectativa, a partir de um desejo e da formação de imagem mental (Dias & Cardoso, 2017) e a realidade proporcionada no ambiente físico, o destino (Crompton, 1979), uma vez que a atividade turística, muitas vezes, pressupõe um envolvimento do turista desde o planejamento de sua viagem até sua execução, por se tratar de um momento de lazer (Pronovost, 2018).…”

City Branding in #stayhome Era: Impact of COVID-19 Pandemic on Official Tourism Instagram Account Uses of New York City and London

“…As discussed above, city branding strategies offer significant contributions to destination image management efforts. However, the image of a destination is known to be open for negative effects triggered by a variety of unpleasant events such as terrorist attacks (Sönmez, 1998;Ferreira et al, 2019), natural disasters (Chew and Jahari, 2014), and disease outbreaks (Mizrachi and Fuchs, 2016;Hugo and Miller, 2017).…”

Tourists’ psychological responses to terrorism: Framework analysis of fear-arousing walking interviews from the city centre of Munich, Germany

“…Actual tourists also project outward-oriented rationalisations, as they sometimes believe a destination is safer than their home areas or the world (Fuchs et al, 2013;Uriely et al, 2007). This is also related to fatalist positions held by some tourists, who state that terrorism can happen anywhere, since it is unpredictable and unpreventable (Ferreira et al, 2019;Rittichainuwat & Chakraborty, 2009;Uriely et al, 2007).…”

“…Regarding terrorism, however, existing research indicates most tourists do not adjust their local behaviours, since their fears remain low. Yet, some are reluctant to visit crowded places and events, sites of previous attacks and those without access control, use public transportation, or explore cities during the night-time (Ferreira et al, 2019;Vanneste et al, 2017).…”

“…Such detailed picture can be obtained through qualitative research. Surprisingly, only a small number of articles have relied on interviews and other qualitative data (Adeloye & Brown, 2018;Ferreira et al, 2019;Uriely et al, 2007), possibly due to difficulties in interviewing tourists about sensitive topics such as terrorism (Adeloye et al, 2020).…”