O autor descreve os achados clínicos e novos métodos diagnósticos da coroidoretinopatia central serosa. Discute os estudos experimentais e clínicos relacionados à patogênese da doença e apresenta as alternativas de tratamento e prognóstico da coroidoretinopatia central serosa, baseado em levantamento bibliográfico. Os aspectos clínicos da coroidoretinopatia central serosa (CCS) foram inicialmente descritos por Von Graefe* em 1886 (1) . Cerca de cem anos depois, Maumenee (2) , utilizando-se da angiofluoresceinografia, observou que o descolamento seroso da retina na região macular era conseqüência do escape de contraste no epitélio pigmentado da retina (EPR).
INCIDÊNCIAA CCS atinge preferencialmente indivíduos do sexo masculino (em 85% dos casos), na faixa etária de 20 a 45 anos. É rara em pacientes da raça negra, e pode apresentar formas atípicas quando atinge indivíduos de origem latina e oriental.Pacientes com personalidade descrita como "perfil tipo A", caracterizados por altos níveis de tensão emocional e ansiedade, apresentariam predisposição para o desenvolvimento da CCS.A doença é tipicamente unilateral, podendo acometer o olho adelfo em 10% dos casos de forma simultânea ou intercalada. Apesar da unilateralidade, são observadas alterações atróficas do EPR nos olhos contra-laterais em cerca de 1/3 dos pacientes.