RESUMO:Chorisia glaziovii O. Kuntze é uma espécie nativa do Nordeste brasileiro, pertencente à família Bombacaceae que apresenta usos diversificados na medicina popular, na recomposição de áreas degradadas e na indústria de estofados. Com este trabalho, objetivou-se indicar substratos e temperaturas adequados para condução do teste de germinação das sementes de C. glaziovii. O experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes (CCA -UFPB), Areia -PB, em delineamento inteiramente ao acaso, com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 4 x 4 (temperaturas 25, 30, 35 e 20-30°C e substratos papel toalha, sobre papel mata-borrão, entre areia e entre vermiculita). Foram analisadas as seguintes características: porcentagem, primeira contagem e índice de velocidade de germinação, e comprimento de plântulas. A temperatura de 35°C mostrou-se inadequada para a condução dos testes de germinação e vigor de sementes de C. glaziovii, independentemente do substrato utilizado. Recomendam-se, para a condução dos testes de germinação e vigor das sementes de C. glaziovii, os substratos entre areia ou papel toalha, nas temperaturas de 25 e 20-30°C.Palavras-chave: Barriguda, sementes florestais, vigor, análise de sementes.
SUBSTRATES AND TEMPERATURES FOR THE GERMINATION TEST OF Chorisia glaziovii (O. Kuntze) SEEDS
INTRODUÇÃOA Chorisia glaziovii O. Kuntze é uma espécie florestal, nativa do Nordeste Brasileiro e presente na caatinga hipoxerófila da família Bombacaceae. A árvore é popularmente denominada de barriguda, barriguda de espinho, paineira-branca, barriguda-do-pantanal, árvore-da-seda, árvore-da-lã (LORENZI, 2002). Árvore ornamental de tronco bojudo, com floração branca muito vistosa e que ocorre entre setembro e outubro, período no qual perde totalmente a folhagem, dando lugar a exuberante florescimento.Sementes revestidas por fibra (lã), utilizada nas indústrias de estofados, no enchimento de travesseiros e colchões e revestimentos em geral. Excelente para plantios heterogêneos em recomposição de áreas degradadas, em razão do seu rápido crescimento (LORENZI, 2002). Seus frutos são apreciados por periquitos e maritacas que consomem a semente e a casca dos frutos, mesmo quando imaturos. Há registros de uso da espécie na medicina popular para doenças do coração e pressão alta e as partes utilizadas são as entrecascas e as flores (LUCENA et al., 2008).As sementes constituem a via de propagação mais empregada na implantação de plantios, sendo de fundamental interesse o estudo de vários fatores que interferem na propagação, principalmente a germinação e o vigor, que influenciam de forma direta na distribuição das espécies.