Ferramenta De Avaliação Da Qualidade: Mapeamento De Sinais Clínicos De Morte Encefálica

Abstract

Objetivo: identificar características dos óbitos e sinais clínicos de morte encefálica dos pacientes com lesão neurológica internados em unidades de pacientes críticos, a partir de ferramenta para apoio na busca ativa.Método: estudo descritivo, retrospectivo, realizado de janeiro a agosto de 2017 nas unidades críticas de dois hospitais do sul brasileiro. Os dados foram coletados nos prontuários de pacientes que evoluíram a óbito utilizando-se instrumento da Organização Nacional de Transplantes da Espanha, analisados pela estatística descritiva.Resultados: os sinais clínicos de morte encefálica identificados antes do óbito foram Glasgow três; reflexos de tosse ausente; hipertensão intracraniana presente, pupilas midriáticas e poliúria. Destacase que 14,8% apresentaram todos os critérios para iniciar o diagnóstico de morte encefálica, mas não foram notificados à Central Estadual de Transplante.Conclusão: os profissionais atuantes nessas unidades devem ter conhecimentos dos sinais clínicos de morte encefálica para que ocorra identificação precoce desses pacientes, consequentemente, aumentando as notificações.

Desafios e perspectivas do cuidado de enfermagem a pacientes em morte encefálica

“…Por outro lado, Knihs et al (2021) ressalta que o potencial doador tem contribuído de maneira efetiva no processo de doação de órgãos e tecidos para fins de transplante.…”

“…Em 2009, estimou-se em 500/ano o número de casos novos de TCE. Dos quais, 50 mil vão a óbito antes de chegar ao hospital, de 15 a 20 mil morrem após o atendimento hospitalar e, dos 430 mil restantes, 50 mil apresentaram sequelas neurológicas de maior ou menor intensidade(OLGEARIO et al, 2018).No estudo deKnihs et al (2021), o maior índice de causas neurológicas está relacionado a homens e por TCE, seguido de Acidente Vascular Celebral (AVC) hemorrágico.É importante destacar que, desde 1997, o enfermeiro está legalmente inserido no processo de captação de órgãos como membro ativo da equipe, conforme a Resolução nº 1.480, do CFM. Posteriormente, em 2004, o Conselho Federal de Enfermagem por meio da…”

“…Destaca-se que a busca ativa em possíveis doadores é uma responsabilidade da CHT/CIHDOTT, em especial dos enfermeiros por serem os profissionais em maior número integrantes desta comissão. Salienta-se que a incompreensão dos sinais clínicos de ME por parte dos profissionais que atuam nas UCIs e CHT/CIHDOTT pode repercutir na qualidade dos órgãos e tecidos a serem transplantados, podendo até mesmo levar à perda do possível doador(KNIHS et al, 2021).É imprescindível estabelecer uma manutenção eficiente, uma adequada preservação hemodinâmica e fisiológica do paciente com ME, assim é possível garantir a efetividade da doação para tal quadro. A enfermagem deve estar em constante aprendizagem, pois o enfermeiro tem um papel significativo gerando um ensejo de uma nova vida para muitos receptores(FURTADO et al, 2021).Pesquisas apontam que as diferentes percepções dos enfermeiros a respeito do cuidado com o paciente em suspeita ou diagnóstico de ME podem acabar afetando o processo de cuidado e interferir nas possibilidades para que aquele paciente torne-se um doador efetivo(NUNES, 2020).A importância da qualificação específica sobre ME, para a equipe de enfermagem de terapia intensiva…”

Percepção e cuidados da equipe multiprofissional ao paciente em morte encefálica: revisão de literatura

“…A partir da Lei n° 9434/1997, foi definido que a notificação de ME seria compulsória, ou seja, a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 6, p.32171-32182, nov./dec., 2023 suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública. A notificação compulsória colaborou com a efetividade da doação de órgãos e tecidos uma vez que está diretamente relacionada à precocidade da notificação para se evitar a perda do potencial doador (Knihs et al, 2021).…”

“…Visando facilitar a identificação dos pacientes com perfil que atendesse os critérios clínicos de ME, a Portaria n° 2.600/2009 descreve como obrigatória a realização da busca ativa, in loco, em unidades de terapias intensivas, emergências e demais unidades de internação que prestam cuidados a estes pacientes. As visitas nessas unidades devem ser realizadas diariamente pelos profissionais que também são responsáveis pela interação e comunicação com a família estes profissionais compõe a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO) (Knihs et al, 2021).…”