Análise espacial da sífilis em gestantes e sífilis congênita no estado do Espírito Santo, 2011-2018*

Abstract

Objective: to analyze the spatial distribution of syphilis cases in pregnancy and congenital syphilis cases, from 2011 to 2018. Methods: this was an ecological study applying spatial analysis of syphilis cases in pregnancy and congenital syphilis reported on the Notifiable Diseases Information System; TerraView 4.2.0 software was used. Results: seventy-eight municipalities were analyzed, and evidence of a significant cluster was found for syphilis in pregnant women (Moran index=0.38; p=0.01) and for congenital syphilis (Moran index=0.31; p=0.01) in the greater Vitória region and north coast municipalities; along the north and metropolitan coastal regions some 30 municipalities were identified as having higher occurrence of the outcomes, as well as some 14 municipalities with a high proportion of congenital syphilis and a low proportion of syphilis in pregnancy. Conclusion: the study identified places where interventions and prenatal care professional training need to be channeled, with the aim of controlling syphilis in pregnancy and congenital syphilis.

O que mudou na incidência da sífilis no estado do Rio de Janeiro de 2009 a 2019

“…Em 2008, estimativas apontaram que 44,3%, 39,3% e 7,8% das grávidas apresentavam-se com SG na Ásia, África e nas Américas, respectivamente 24 . Estudos equivalentes levantam questões que podem justificar tal quantitativo, a saber: ações inefetivas de educação em saúde; não realização ou inadequação do PN preconizado para SF; tratamento inadequado ou inexistente para cada fase clínica, tanto na gestante quanto no parceiro; má gestão dos recursos de saúde; melhoria da qualidade dos dados notificados do SINAN e falha na atenção à saúde da mulher 14,15,21,22 .…”

“…Entretanto, quanto as demais regiões que apresentaram baixas taxas de notificação, é possível supor, pela discrepância dos números, quando comparadas com as metropolitanas, que haja subnotificação e/ou falha no diagnóstico e manejo da doença, o que direciona à necessidade de implementação de políticas públicas mais resolutivas e efetivas pelos gestores de saúde. Estudo realizado em 2014 no Rio Grande do Norte identificou que municípios com menos recursos possuíam maior probabilidade e tendência às subnotificações, o que pode explicar os resultados observados 22,30 .…”

“…O Ministério da Saúde preconiza a triagem sorológica para SF no PTG, TTG e durante a internação para o parto ou curetagem 6,8,15,21 . Desta forma, a SC nada mais é que um evento sentinela resultante de diversas oportunidades de prevenção desenvolvidas incorretamente, que se mantém com a persistência de diagnósticos tardios e tratamentos inadequados 22,29 .…”

“…O parceiro não foi tratado em 61% dos casos e grandes foram as taxas de itens ignorados30. Ainda que o Brasil possua cobertura PN superior a 95%, a taxa de SC é um valioso indicador de assistência PN falha, desqualificada e desigual, pois conflita com os elevados registros de SG e SC 22,25,27,32 . Todavia, outros autores afirmam opiniões e resultados semelhantes com relação à alta porcentagem de PN realizados, tratamento inadequado, ignorado ou não realizado em gestantes e seus parceiros 4,21,22,23,25,33 .…”

Sífilis congênita como uma abordagem sistêmica

“…: teste rápido ou FTA-Abs ou TPHA ou EQL ou ELISA) (MOTTA, 2018). O tratamento da sífilis é realizado com a utilização de antibiótico betalactâmicos, sendo essa à penicilina G parenteral e quando se refere a neurossífilis, a escolha recai sobre a penicilina benzatina (FIGUEIREDO, 2020); (SOARES, 2020).…”