Percepções dos discentes de terapia ocupacional sobre a experiência de integração ensino serviço comunidade

Abstract

Resumo: O presente artigo procura compreender as percepções de discentes do estágio profissionalizante em terapia ocupacional sobre a experiência de integração ensino-serviço-comunidade vivenciada em um laboratório de atividade de vida diária. Tratou-se de um estudo qualitativo e exploratório realizado através de entrevistas semiestruturadas. Foi utilizada a análise de conteúdo com a categoria temática: integração ensino-serviço-comunidade. A amostra foi composta por 14 discentes que estavam matriculados na disciplina. Foram observadas as semelhanças, distinções entre os conteúdos e identificadas as ideias centrais das narrativas sobre a categoria temática. As falas geraram as unidades de análise: expectativa de práticas integradas, realidade do trabalho em equipe, processo organizacional, troca de experiências e sugestões. Os resultados obtidos apontaram distanciamento entre as expectativas dos discentes e a realidade. As percepções dos entrevistados revelaram que a dinâmica de trabalho ocorre sem planejamento coletivo das ações de cuidado e sem interlocução com o ensino. Os discentes sugeriram estratégias para melhoria da integração ensino-serviço-comunidade e para favorecer o processo formativo.

A evolução do ensino em saúde no Brasil e a unidade de referência em reabilitação como cenário de prática acadêmica em terapia ocupacional: uma revisão narrativa

“…A escuta dos atores envolvidos no dia-a-dia da Unidade (trabalhadores, docentes, discentes, gestores e usuários do serviço) é importante ferramenta para compreensão integral da rotina de atividades desenvolvidas e reflexão a respeito dos interesses e conflitos convergentes e divergentes (Teixeira et al, 2018).…”

“…O processo de trabalho em ações integrais em saúde, quando bem gerenciado, possibilita o compartilhamento das responsabilidades com toda a equipe de saúde (Viegas & Penna, 2013) e, quando o contexto do trabalho tem a missão de agregar processos formativos, os desafios se tornam ainda maiores e instigantes, pois extrapolam a dimensão exclusiva do cuidado em saúde e do ensino de forma dicotomizada (Teixeira et al, , 2018).…”

Integração ensino-serviço-comunidade na Atenção Primária à Saúde

“…Em relação às questões administrativas e estruturais cita-se a falta de incentivo financeiro aos preceptores 21,31 ; estrutura física e de insumos inadequada para o trabalho e o ensino 21,22,24,32,33 ; dificuldades relativas à alta demanda de pacientes 11 ; número excessivo de alunos por professor 15,22 ; indisponibilidade de tempo e, consequente, de envolvimento dos profissionais-preceptores no processo de aprendizagem 13,14,33 ; resistência e/ ou indisponibilidade de alguns profissionais aos estudantes e o processo de ensino 11,22,32 ; déficit e rotatividade de docentes e preceptores 14,15,22 e sobrecarga de trabalho 19,21,23 .…”

Contribuições da integração ensino-serviço-comunidade para a formação e transformação de práticas na saúde do idoso

“…A EPS transforma as práticas e os profissionais, pois estes passam a desenvolver o conhecimento com base na resolução dos problemas do cotidiano e estabelecem compromisso social e profissional com metas de saúde [7]. Neste sentido, ocorre a desfragmentação das práticas em saúde e reafirma uma assistência humanista baseada na integralidade do cuidado [18], reestruturando as práticas e os serviços de saúde, necessários para a transformação da formação dos profissionais de saúde.…”