A prática da automedicação entre estudantes universitários, através do uso não prescrito de psicotrópicos para melhorar o desempenho acadêmico, representa um fenômeno global com sérias implicações para a saúde mental e física. Nesse sentido, a pressão pelo alto rendimento, aliada ao estresse e à busca por excelência, impulsiona essa tendência, apesar dos riscos de reações adversas, dependência e desequilíbrio. O estudo teve como objetivo conhecer e sintetizar a produção científica sobre a prática de automedicação entre estudantes da saúde, voltada à melhoria do desempenho acadêmico. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, conduzida nos meses julho e agosto de 2023, por meio da consulta às bases de dados Google Scholar, Literatura Internacional Ciências da Saúde (PUBMED), EBSCO, Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal (Redalyc) e Periódico CAPES. Para tanto, reuniu-se uma amostra composta por dez artigos. Posteriormente à leitura minuciosa dos materiais eleitos, foram elencadas quatro categorias analíticas, a saber: sobrecarga de conteúdos; aperfeiçoamento cognitivo; psicoestimulantes; qualidade de vida e saúde dos estudantes. O fenômeno social e cultural da automedicação em busca da excelência acadêmica acarreta efeitos colaterais prejudiciais e consequências potencialmente devastadoras. Daí, é crucial a reflexão sobre iniciativas voltadas ao fortalecimento do ambiente acadêmico com caráter saudável, equitativo, focado na saúde e bem-estar dos estudantes. Afinal, a prática da automedicação urge a implementação de políticas públicas destinadas à conscientização quanto ao uso racional de medicamentos e à sensibilização sobre opções mais seguras de autocuidado em saúde, com o foco na qualidade de vida.