INTRODUÇÃOA obesidade é apresentada hoje como uma doença crônica não transmissível, de origem multifatorial e com repercussão sistêmica, ocasionada pelo desequilíbrio crônico entre o consumo alimentar e o gasto energético, além de diversos fatores ambientais e genéticos que influenciam nesse desequilíbrio. É caracterizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal, sendo o parâmetro de classificação utilizado o índice de massa corporal (IMC) com valores iguais ou superiores a 30kg/m2 (BARROSO et al., 2017).Em conjunto com o IMC, a medida da circunferência abdominal é um critério que deve ser avaliado nos pacientes, visto que, a deposição de gordura visceral apresenta correlações com a síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.Segundo as recomendações da International Diabetes Federation (IDF), os valores de circunferência abdominal acima de 90 cm para homens e 80 cm para mulheres já são considerados de risco (BALLIN et al., 2021) As doenças cardiovasculares se encontram entre as principais causas de óbito no Brasil e no mundo, superando as doenças infecciosas como causa de mortalidade e incapacidade em 2020. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 171.246 pessoas morreram como consequência a doença arterial coronariana em https://proceedings.science/p/164027?lang=pt-br