Storage and disposal of expired medicines in home pharmacies: emerging public health problems

Abstract

Objective: To characterize storage and disposal practices associated with expired medicines in home pharmacies of Primary Care users. Methods: Cross-sectional study based on data collected from 423 users of 15 Primary Care units located in a Brazilian city, between August 2014 and July 2016. Data were collected via face-to-face interviews. Categorical (demographic and socioeconomic characteristics) and continuous variables were expressed as proportions and means and standard deviations, respectively. Storage behaviors and disposal practices associated with unused and expired medicines were described as frequencies. Results: Most (83%) interviewees were female and approximately 70% had completed high school. The kitchen was the most common medicine storage place (58.6%). Approximately 75% of participants reported inappropriate medicine disposal practices. Conclusion: This study revealed high rates of inappropriate medicine disposal practices with direct impacts on pharmacological treatment and the environment. Continuing education of healthcare professionals and the general public is required to raise awareness about proper medicine use and disposal.

Efeitos do descarte de medicamentos no meio ambiente

“…Em todos os estudos, os autores concluem de forma unânime, que a maioria da população desconhece os meios de descarte correto de medicamentos e os impactos maléficos que os mesmos causam no meio ambiente. (Fernandes, et al, 2020) e (Ferreira, et al, 2015) concluíram que é natural a cultura de se armazenar medicamentos em casa, 58,6% dos (Fernandes, et al, 2020) tiveram a cozinha como o local mais citado para o armazenamento de medicamentos. (Votovec, et al, 2017) em seu estudo tendo como população analisada estudantes de nível universitário, ao contrário de estudos anteriores com populações de idade mais avançada, apenas uma pequena proporção de estudantes (18%) havia descartado drogas e o lixo municipal foi à principal via de descarte utilizada para descartar os medicamentos.…”

Sinais macroscópicos de deterioração de medicamentos em estoques caseiros

“…Ademais, Zilker et al (2019), levantaram evidências por meio de uma revisão sistemática, de que muitos medicamentos possuem uma estabilidade muito além do prazo de validade rotulado pelo fabricante. No entanto, essa estabilidade adicional encontrada em ambos os estudos citados é altamente variável de produto a produto e lote a lote, e os dados do programa americano só podem ser generalizados a produtos cuidadosamente armazenados e que estejam em suas embalagens originais (Lyon et al, 2006) o que normalmente não acontece no armazenamento domiciliar (Martins et al, 2017;Fernandes et al, 2020a;Fernandes et al, 2020b). Diante disso, não podemos considerar que os medicamentos que fazem parte do estoque caseiro possuem essa estabilidade adicional evidenciada nestes estudos, uma vez que o armazenamento nos domicílios, muitas vezes, não acontece de maneira correta.…”

“…Este fato pode ser explicado pelas más condições de acondicionamento destes medicamentos nos domicílios. Muitos estudos descrevem o estoque caseiro de medicamentos em cenários diferentes e, em todos aqueles que tivemos acesso, a maioria dos medicamentos se encontrava em condições inapropriadas de armazenamento, como na cozinha, e banheiro, expostos à luz e umidade (Schneider & Schulte, 2013;Fernandes et al, 2020a;Milanez et al, 2013;Schwingel, 2015;). Sabe-se ainda que a deterioração macroscópica é um importante indicativo para se identificar a perda da qualidade do medicamento, no entanto, alguns estudos citados no trabalho de Albert et al (2017) sugerem que nem sempre uma degradação química resulta em degradação macroscópica do produto.…”

Diagnóstico da geração de resíduos sólidos do sistema único de saúde no Vale do Taquari/RS

“…As orientações e campanhas sobre a importância do tema são realizadas em 81,3% dos municípios, sendo elas, na maioria das vezes, realizadas pelos agentes comunitários de saúde (ACS) (69,2%). Também foram citadas outras estratégias, como orientações no momento da dispensação dos medicamentos e correlatos (61,5%), distribuição de folders nas US (46,2%), discussão do tema em grupos de saúde e em reuniões com a comunidade (30,8%) e, ainda, quando possível, em feiras de saúde (7,7% A problemática do descarte de resíduos vem ao encontro dos investimentos realizados para aumentar o acesso aos medicamentos, sendo assim, essa ampliação no acesso não garante racionalidade na utilização (FERNANDES, et al;2020). O uso racional de medicamentos, conforme a OMS (Nairóbi, Quênia, 1985) O hábito de usar medicamentos sem prescrição médica corrobora com a prática do uso irracional de medicamentos.…”