O enxame de diques de anfibolito do Cráton São Francisco meridional

Abstract

Revista Brasileira de GeociênciasArquivo digital disponível on-line no site www.sbgeo.org.br 509 41(3): 509-524, setembro de 2011 O enxame de diques de anfi bolito do Cráton São Francisco meridional Alexandre de Oliveira Chaves¹Resumo Em níveis crustais mesozonais do Cráton São Francisco meridional, diques máfi cos datados em 2,19 Ga se constituíram em resposta à contração para NW ocorrida durante a Orogenia Transamazônica. Neste evento, o magma toleítico se alojou, cristalizou e se metamorfi sou sintectonicamente ao longo de zonas de cisalhamento transcorrente que se desenvolviam sob condições metamórfi cas de fácies anfi bolito alto. Em função disto, estes diques, que compõem o enxame denominado Paraopeba, são constituídos por anfi bolitos e guardam localmente em seu interior um metadiabásio com texturas ígneas parcialmente preservadas e bordas do tipo sheared margins, com nítida textura nematogranoblástica.Palavras-chave: diques máfi cos, zonas de cisalhamento transcorrente, Transamazônico, anfi bolito. AbstractThe amphibolite dyke swarm of the southern São Francisco Craton. In mesozonal crustal levels of southern São Francisco Craton, mafi c dykes, dated at 2.19 Ga, were formed in response to NW contraction occurred during the Transamazonian Orogeny. In such event, tholeiitic magma has syntectonically intruded, crystallized and metamorphosed along transcurrent shear zones that developed under high amphibolite facies conditions. Because of this, these dykes, which make up the Paraopeba dyke swarm, are made of amphibolite and keep, locally, a coarse metadiabase with partially preserved igneous textures in the inner part but an amphibolite in sheared margins, with a distinct nematogranoblastic texture.

New Knowledge Update on Mafic Dyke Swarms of Minas Gerais (Brazil): Fragments of Ancient Large Igneous Provinces Highlighted by Aeromagnetometry

“…In the State of Minas Gerais (MG) there are several dyke swarms with ages ranging from Archean to Cretaceous (Turner et al, 1994;Silva et al, 1995;Pinese, 1997;Chaves & Neves, 2005b;Carneiro & Oliveira, 2005;Chaves, 2011;Cederberg et al, 2016;Coelho & Chaves, 2017;Chaves & Dussin, 2018;Chaves et al, 2019;Chaves & Rezende, 2019;Caxito et al, 2020;Moreira et al, 2020), sometimes crossing the São Francisco Craton (SFC), sometimes crossing its Neoproterozoic mobile belts or both (Fig. 2).…”

“…With new geological information available during and after the work of Chaves (2013), this article presents the knowledge update on mafic dyke swarms of Minas Gerais, using not only the georeferenced aeromagnetometric information produced by CODEMIG-ANP-CPRM (Fig. 1) and elaborated by Borges ( 2012), but also field, petrographic, geochemical and geochronological data available in the literature, such as the Espinhaço (COMIG-UFMG/IGC-CSR, 1997) and Alto Paranaíba (CODEMIG-UFMG, 2011) projects and published articles (Lima et al, 1984;Machado et al, 1989;Dussin, 1994;Turner et al, 1994;Silva et al, 1995;Pinese, 1997;Novais et al, 2003;Carneiro & Oliveira, 2005;Chaves & Neves, 2005b;Costa et al, 2006;Seer et al, 2011;Chaves, 2011;Chemale Jr et al, 2011;Chaves et al, 2014;Chaves, 2014a,b;Cederberg et al, 2016;Coelho & Chaves, 2017;Chaves & Dussin, 2018;Chaves et al, 2019;Chaves & Rezende, 2019;Caxito et al, 2020;Moreira et al, 2020). This compilation is summarized below in the form of a map of the seven mafic dyke swarms of Minas Gerais (Fig.…”

Eventos Quaternários De Entulhamento E Configuração De Fundos De Vale Na Bacia Do Rio Paraopeba – Cráton Do São Francisco, Sudeste Do Brasil

“…O rio Paraopeba é um afl uente do Alto rio São Francisco. Ele atravessa a borda oeste do Quadrilátero Ferrífero onde corta, por passagem epigênica, o prolongamento topográfi co da Serra do Curral -Serra Três Irmãos e Serra Azul (MARQUES, 1997;CIBAPAR, 2009;CBH-PARAOPEBA, 2013). O Paraopeba fl ui por diversos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte e, após 537 km, deságua na represa de Três Marias, no munícipio de Felixlândia.…”

Implicações hidrogeomorfológicas do rompimento da barragem de rejeito da Mina do Córrego do Feijão – MG

“…cursos predominam rochas neoproterozóicas da Bacia Intracratônica do São Francisco, relacionadas ao Grupo Bambuí -GB. O EC é formado principalmente por rochas graníticas, gnaisses e migmatitos que condicionam um relevo de serras e planaltos em zonas de interflúvios, onde há maior densidade da drenagem(CHAVES, 2011;CARVALHO et al, 2019). As rochas do SGM ocupam faixas perpendiculares ao curso principal, particularmente com itabiritos e quartzitos que condicionam a gênese de formações serranas residuais nas bordas do Quadrilátero Ferrífero (QF).…”

“…Nesse sentido, destaca-se o corte de tipo epigênico (garganta de superimposição) do rio Paraopeba conhecido como "Fecho do Funil", entre os municípios de Brumadinho e Juatuba. O SGRV é uma sequência tipo greenstone belt, com predomínio de xistos e filitos que tendem a apresentar menor resistência relativa ao entalhe da drenagem(CHAVES, 2011;CARVALHO et al, 2019). Entre 710 a 820m de altitude, veios de quartzo e diques oferecem maior resistência aos processos erosivos, atuando como níveis de base locais que condicionam os processos hidrossedimentares (BARROS; MAGALHÃES JÚNIOR., 2018; CARVALHO; MAGALHÃES JÚNIOR., 2019a).…”