Este artigo problematiza de forma avaliativa a acessibilidade como uma dimensão importante da mobilidade urbana, considerando-a como um problema público (Dewey, 1927; Blumer, 1971), a partir do estudo de caso da sua qualidade para pessoas com deficiência (PCD) física, no âmbito do Programa de Transporte Urbano do Distrito Federal (PTU-DF), no que concerne os modais rodoviário e metroviário. Do ponto de vista do método, tratou-se de uma avaliação de tipo axiológica (Fischer, 2016; Boullosa, 2017; 2019), por ter buscado revelar a matriz de valores implicada no processo de provisão e uso de tais serviços. Foram utilizados análise de contexto, entrevistas semi-estruturadas e estruturadas (tipo questionário), cujos achados foram tratados a partir da análise de similitude (com o auxílio do software IramuteQ) e estatística descritiva. Como resultado ou síntese avaliativa, observou-se uma alta incongruência e desacordos entre os valores presentes nas percepções dos diferentes atores, o qual parece estar fortemente relacionado ao modelo de gestão por transversalidade não coordenada da acessibilidade para pessoas com deficiência de tipo física.