2021
DOI: 10.25091/10.25091/s01013300202100020009
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Rubem Valentim, Hélio Oiticica e o tropicalismo: dois caminhos para a antropofagia na arte brasileira

Abstract: Pretendemos, neste artigo, comparar as obras de Hélio Oiticica e Rubem Valentim, em busca de similitudes e diferenças entre elas. Sugerimos e exploramos, a partir dessa comparação, a ideia de que Valentim seria crítico ao tropicalismo de Oiticica. Ademais, aventamos, tendo em vista os trabalhos de ambos, a existência de dois caminhos para a antropofagia na arte brasileira.

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“…Em segundo lugar, a aposta de Oiticica no supra-sensorial divergia de Zé Celso, visto que este, mesmo que com intenções críticas -de mostrar o absurdo brasileiro e elaborar uma deseducação pela imagem, parodiando a cultural oficial ufanista (Pestana, 2012, p.116) -, carregava as imagens de certa mitologia tropical; como, por exemplo, nos cenários e figurinos confeccionados por Hélio Eichenbauer, com participação direta do próprio Zé Celso, para a encenação de O rei da vela -travejadas de coqueiros, cores da bandeira nacional, riqueza vegetal etc. Poder-se-ia argumentar, que, mesmo almejando o supra-sensorial, a obra Tropicália, do artista visual carioca, ressalta elementos exotizantes (Marino, 2021), feito a encenação da peça de Oswald de Andrade pelo Oficina. Não obstante, para construção de nosso argumento a respeito das apropriações da antropofagia, é necessário ressaltarmos também as diferentes ideias que faziam do legado antropofágico -além de seus resultados estéticos.…”
Section: Usos Da Antropofagiaunclassified
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“…Em segundo lugar, a aposta de Oiticica no supra-sensorial divergia de Zé Celso, visto que este, mesmo que com intenções críticas -de mostrar o absurdo brasileiro e elaborar uma deseducação pela imagem, parodiando a cultural oficial ufanista (Pestana, 2012, p.116) -, carregava as imagens de certa mitologia tropical; como, por exemplo, nos cenários e figurinos confeccionados por Hélio Eichenbauer, com participação direta do próprio Zé Celso, para a encenação de O rei da vela -travejadas de coqueiros, cores da bandeira nacional, riqueza vegetal etc. Poder-se-ia argumentar, que, mesmo almejando o supra-sensorial, a obra Tropicália, do artista visual carioca, ressalta elementos exotizantes (Marino, 2021), feito a encenação da peça de Oswald de Andrade pelo Oficina. Não obstante, para construção de nosso argumento a respeito das apropriações da antropofagia, é necessário ressaltarmos também as diferentes ideias que faziam do legado antropofágico -além de seus resultados estéticos.…”
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“…Na verdade, apesar da aparente similaridade, haveria diferenças importantes e que podem ser sim assim apresentadas. Enquanto o artista carioca procurava construir uma imagem brasileira exótica para os artistas de vanguarda, 11 Valentim buscava forjar uma linguagem universal forjada a partir da experiência brasileira afro-nordestino-ameríndia (Marino, 2021).…”
Section: Usos Da Antropofagiaunclassified