No bicentenário da independência do Brasil, o panorama linguístico brasileiro continua, ainda, dependente de Portugal, pelo menos no rótulo. Se à época da independência do Brasil a elite intelectual brasileira advogava por uma língua brasileira, o brasileiro, caminhos outros nos fizeram e nos fazem manter o português como a língua oficial do Brasil, como prega o artigo 13 da Constituição Federal. Mas aqui não falamos só português. A existência de outras línguas, no entanto, embora empírica e legalmente reconhecidas, não faz parte do imaginário da nação, que se molda por uma ideologia monolíngue, a de que aqui todos falamos português, a língua da integração nacional, como defendia Barbosa Lima Sobrinho (1977).