2016
DOI: 10.20947/s0102-30982016a0041
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Censos nacionais e perspectivas políticas para as línguas brasileiras

Abstract: A investigação sobre a língua falada ou usada nos domicílios pela população indígena do Brasil no Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), rompe um silêncio de 60 anos do Estado brasileiro sobre a diversidade linguística que o compõe, e ocorre em um momento histórico em que duas outras importantes políticas linguísticas de conhecimento, reconhecimento e promoção das línguas brasileiras estão em andamento: a cooficialização de línguas, executada por decre… Show more

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“…Isto é, devido as políticas do colonialismo e do apagamento das línguas autóctones e alóctones, fato que acarretou o genocídio linguístico brasileiro em prol da difusão do português como única língua oficial e nacional, porém o advento das políticas linguísticas vem descontruindo esse cenário em defesa do reconhecimento e promoção das diversas línguas brasileiras, como por exemplo, as línguas indígenas e de imigrantes. Morello (2016) destaca, também, que a diversidade linguística brasileira só esteve presente nos censos demográficos nos anos de 1940, 1950 e 2010, fato que dificultou/dificulta o reconhecimento das diversas línguas existentes no Brasil, o que em consequência, contribui para a escassez de políticas linguísticas que possibilite a promoção e reconhecimento deste país como uma nação multilíngue/plurilíngue. Das abordagens até agora feitas aqui, consideramos a ideia de que a língua é um meio para a concepção, formulação e efetivação dos direitos linguísticos e da justiça social, partindo do pressuposto de que é pela língua que o sujeito se expressa e demonstra as suas reais necessidades para com a sociedade em que vive.…”
Section: Línguasunclassified
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“…Isto é, devido as políticas do colonialismo e do apagamento das línguas autóctones e alóctones, fato que acarretou o genocídio linguístico brasileiro em prol da difusão do português como única língua oficial e nacional, porém o advento das políticas linguísticas vem descontruindo esse cenário em defesa do reconhecimento e promoção das diversas línguas brasileiras, como por exemplo, as línguas indígenas e de imigrantes. Morello (2016) destaca, também, que a diversidade linguística brasileira só esteve presente nos censos demográficos nos anos de 1940, 1950 e 2010, fato que dificultou/dificulta o reconhecimento das diversas línguas existentes no Brasil, o que em consequência, contribui para a escassez de políticas linguísticas que possibilite a promoção e reconhecimento deste país como uma nação multilíngue/plurilíngue. Das abordagens até agora feitas aqui, consideramos a ideia de que a língua é um meio para a concepção, formulação e efetivação dos direitos linguísticos e da justiça social, partindo do pressuposto de que é pela língua que o sujeito se expressa e demonstra as suas reais necessidades para com a sociedade em que vive.…”
Section: Línguasunclassified
“…Destacamos, ainda, que ambos os campos tratam da língua com focos diferentes nas pesquisas e ações. No entanto, entendemos que mesmo existindo divergências nas suas abordagens acerca das línguas, estas se complementam na promoção da diversidade linguística e na quebra de pré-conceitos estabelecidos no decorrer dos contextos sóciohistóricos e políticos de um Estado nacional, a exemplo do Brasil, que tem a história marcada pela colonização e criação de uma nacionalidade a partir da língua portuguesa (MORELLO, 2016).…”
Section: Introductionunclassified
“…Esse duplo percurso, apresentado por Morello (2016), também pode ser observado ao se tratar das Línguas de Sinais (LS). O reconhecimento legal das LS no mundo 5 , para De Meulder (2016), uma pesquisadora surda belga, é uma área relativamente nova no campo da política de línguas e direitos de línguas.…”
Section: Caminhando Para a Regulamentação Legalunclassified
“…O reconhecimento da diversidade linguística no Brasil não é tarefa simples. Em apenas três momentos de nossa história, houve interesse do Estado brasileiro em saber quais são as línguas faladas no Brasil, com a inclusão nos censos populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de pergunta relativa às línguas faladas (MORELLO, 2016). Nos censos de 1950 e de 1960, o objetivo das perguntas era identificar quem não falava português, e que línguas falavam, se línguas de imigração ou línguas dos povos originários.…”
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