Considerada a aparição acintosa de representantes evangélicos e católicos extremistas na disputa pela agenda pública nacional desde o início do novo século, o artigo reflete sobre os influxos da religiosidade cristã no Serviço Social brasileiro a despeito dos acúmulos moderno e marxista da renovação profissional, advindos do caldo cultural da intenção de ruptura. Em investigação histórico-crítica com delineamentos bibliográfico e documental, é problematizado que, apesar de todo o empenho para ultrapassagem do Serviço Social tradicional e a consagração da direção estratégica vigente, a religião permanece sendo um tema a ser encarado pela categoria de assistentes sociais dado ao novo lugar que assume nas relações entre a sociedade e o Estado. Posta a centralidade da formação profissional para o fomento do perfil de assistente social pretendido pelo projeto ético-político, conclui-se que são maciços os desafios nesta direção já que, sob o capitalismo contemporâneo, reatualiza-se o conservadorismo em bases ultraneoliberais e neofascistas que contam com o proselitismo do discurso religioso moralizador e bélico em ataques à educação, à ciência e à cultura.
Palavras-chave: Serviço Social; religiosidade; formação profissional; conservadorismo.