Leitura comunitária do futuro loteamento Canaã: senso de comunidade, expectativas e prioridades

Abstract

A pesquisa buscou reforçar o vínculo comunitário e sistematizar as percepções e expectativas das futuras 210 famílias moradoras do loteamento Canaã, em Passo Fundo, RS, Brasil, quanto ao espaço urbano compartilhado. Foram aplicadas três dinâmicas de participação comunitária visando projeto colaborativo. O mais apontado foi segurança, tranquilidade, companheirismo e espaços de playground e áreas verdes. Estas técnicas aproximam as pessoas e aumentam o vínculo.

Estratégias de participação social em leituras comunitárias de municípios brasileiros: aproximações da terapia ocupacional com a política urbana

“…Sob uma visão comunitária em terapia ocupacional, estratégias face a face garantem, sobremaneira, maior participação da população, sobretudo de grupos populacionais específicos que apresentam pautas importantes que merecem melhor escuta e maior aprofundamento e encaminhamentos singulares de suas demandas (Correia et al, 2017). Nas estratégias face a face, leva-se em conta os saberes e os modos de fazer já incorporados pelos segmentos e movimentos sociais, como argumenta Mussi (2016). Desta maneira, estratégias de mobilização que valorizem o encontro face a face, como rodas de conversa, oficinas e eventos lúdicos e festivos sobre a cidade, por exemplo, assim como a identificação de lideranças comunitárias, a aproximação com associações de moradores, visitas domiciliares e mapeamentos de rede (Correia et al, 2018) podem ser excelentes oportunidades para que as equipes de condução da leitura comunitária consigam despertar o interesse da população geral de forma mais ampla.…”

“…Como no estudo de Mussi (2016), por exemplo, a pesquisa-intervenção foi proposta enquanto desenho metodológico para atender às demandas do plano diretor e o engajamento de agentes locais na resolução de seus problemas territoriais. Saboya & Karnaukhova (2007) apresentaram técnicas de visualização, problematização, categorização, priorização e trabalho em grupo, por meio de oficinas de capacitação e audiências públicas.…”

Envolvimento ocupacional, analfabetismo urbanístico e interdisciplinaridade.

“…Sobre isso, observa-se que poucos estudos (CORREIA, 2019b; CORREIA; AKERMAN, 2015; CORREIA; COSTA; AKERMAN, 2017;GONÇALVES, 2020;MALFITANO, 2020, [s.d. ]; MUSSI, 2017MUSSI, , 2018 apresentam evidências a respeito do tema, o que impossibilita o avanço e aprofundamento sobre os seus efeitos na realidade, sobretudo no alcance da produção teórica na vida cotidiana, especialmente na sustentação de instrumentos políticoinstitucionais para levar a cabo projetos de transformação social nas menores escalas da cidade, como os bairros de maior vulnerabilidade socioeconômica.…”