“…(p. 33) É, pois, a partir dos que os autores chamam de "reforma gerencialista da educação superior", na qual o Estado atua como meta-ator no campo das políticas públicas, e neste caso, o campo educacional, é que as mudanças foram ocorrendo e se consolidando: a universidade institucional passa a ser vista como universidade operacional, que exigirá um ajuste organizacional, exigirá a internacionalização e transnacionalização do ensino superior, culminando com o benchmarking (entendido como "uso de instrumentos gerenciais de governança" (p. 48)) e a chamada "universidade de plataforma", em referência à intensa informatização pela utilização maciça das TIC. Essa expressão se origina na obra Platform Capitalism de Nick Srnicek (2017), professor de economia digital do King´s College de Londres, Inglaterra e, segundo Victo Silva Neto (2019), "o autor [Srnicek] defende o argumento de que estaríamos em uma nova fase do capitalismo, na qual a exploração econômica dos dados ocupa lugar central nos novos empreendimentos privados" (p. 449). Ainda de acordo com Silva Neto (2019), a hipótese do economista inglês se fundamenta na ideia de que "o poder de agência responsável por transportar a economia para esta nova fase coube às grandes empresas de tecnologia" (p. 449).…”