Dias de insurreição em busca do sublime: as cenas punk portuguesas e brasileiras

Abstract

Resumo Este artigo centra-se na explicação e compreensão das representações acerca da autenticidade estética, artística e vivencial por parte de atores das cenas punk portuguesas e brasileiras num arco temporal que se situa entre 1977 e 2016. Baseia-se no princípio sociológico de que o conhecimento reflexivo dos atores sociais é matéria-prima de base para a reconstrução científica e, por tal, para o avanço na teoria social. Com base numa metodologia reflexiva, são três os objetivos específicos que perscrutamos: problematizar as complexas relações entre o ethos, a estética e a praxis do-it-yourself (DIY)1 e o estabelecimento do punk e de suas (sub)cenas em sociedades fora do eixo gravitacional da hegemonia anglo-saxônica; identificar o conjunto de atividades no espectro punk que configurem um ethos e uma praxis de autenticidade e, por último, elucidar, em termos weberianos, os diversos sentidos/significados contraditórios que os atores atribuem ao punk e suas respetivas vivências em termos de estilo e ideologia.

New institutional arrangements and DIY culture: The role of creative economy in the dissemination of culture in the city of Rio de Janeiro

“…From the activities developed by existing museum institutions, projects linked to the visual arts were welcomed in these urban spaces giving rise to alternative institutional arrangements and promoting new exhibition spaces centered on guerrilla art (Freitas, 2013) and DIY (Guerra and Menezes, 2019). Ateliê Sanitário, Experiência Mesa, Lanchonete Lanchonete, and Casa Amarela, all founded in the past 10 years, were some of the new spaces investigated in this research.…”

Eu Não Sou de Aço. Eu Sou de Bambu. Hip-hop, desigualdades de gênero e resistência

“…Esta união, que teve o seu primórdio na década de 1970, é aquela que permitiu a solidificação de comunidades e de identidades coletivas, mas também a que veio evidenciar as desigualdades sociais (Remy & Voyé, 1994). Oliveira (2018) resgata nas suas pesquisas sobre hip-hop e mulheres o conceito de autorrepresentação para descrever um fenómeno que advém de uma construção social que se fundamenta em dinâmicas do it yourself (DIY) (Rose, 1994) e que se arrolam com o campo da produção artística (Bennett & Guerra, 2018;Guerra & Menezes, 2019). Partindo deste ponto, enfatizamos que a cultura hip-hop desde cedo que foi ao encontro de questões raciais, étnicas e classistas (Morad, 2018), com frequência associadas a contextos urbanos periféricos (Anderson, 2007), com a ideia de as discutir e questionar e, por conseguinte, estimular o empoderamento dos participantes nessa cultura.…”

A Arte Multifacetada: Dinâmicas Culturais e Políticas da Cidade do Rio de Janeiro

“…The founding of two new museums for the area, Museu de Arte do Rio (MAR, Rio Museum of Art; 2013) and Museu do Amanhã (Museum of Tomorrow;2015), was based on extensive investments from the public and private sectors, with concrete effects on the proliferation of new artists' studios in the region and new institutional arrangements for culture. From the activities developed by existing museum institutions, projects linked to the visual arts have been hosted in these urban spaces giving rise to alternative institutional arrangements and promoting new exhibition spaces centered on guerrilla art and do it yourself (DIY; Guerra & Menezes, 2019). Ateliê Dissidências Criativas, Instituto Mesa, Lanchonete Lanchonete and Casa Amarela, all founded in the last 10 years, are some of the new spaces worth mentioning here.…”