Prevalência de depressão autorreferida no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde 2019 e 2013

Abstract

Resumo Objetivo: Descrever a prevalência de depressão autorreferida na população brasileira adulta a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, e comparar com a PNS 2013. Métodos: Estudo transversal descritivo no qual se calcularam prevalências de diagnóstico autorreferido de depressão, segundo localidade e variáveis demográficas, e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Análises bivariadas foram realizadas com teste qui-quadrado. Resultados: Participaram 90.846 indivíduos com idade ≥ 18 anos, na PNS 2019, e 60.202, na PNS 2013. Entre 2013 e 2019, as prevalências de depressão autorreferida aumentaram de 7,6% (IC95% 7,2;8,1) para 10,2% (IC95% 9,9;10,6), e de busca por atendimento nos últimos 12 meses anteriores à entrevista, de 46,4% (IC95% 43,75;49,1) para 52,8% (IC95% 50,7;55,0). Consultórios privados foram o principal local de assistência. Conclusão: A depressão é um transtorno altamente prevalente. O diagnóstico de depressão e a busca por atendimento aumentaram no período. Entretanto, o predomínio de atendimentos em consultórios privados sugere desigualdades na melhoria da cobertura assistencial.

A Cor Do Sus: Reflexões De Aspectos Da Política Nacional De Saúde Integral Da População Negra (Pnsipn), Enquanto Uma Tecnologia Em Saúde

“…Contudo, é importante ressaltar que apesar de alguns fatores sócio-econômicos estarem relacionados aos casos de transtornos depressivos, outros, como o grau de escolaridade, a renda e as condições de trabalho, divergem quanto a relação entre tais condições e a depressão (BRITO et al, 2022;LOPES et al, 2016;STOPA, et al, 2015;KASSOUF, 2007), demonstrando ser um transtorno abrangente que pode acometer qualquer indivíduo, independente do seu grau de conhecimento e status social.…”

“…(PNS, 2013), mostra a prevalência dos casos de episodios depressivo maior entre quem possui ensino superior completo (8,7%), comparado aos que não tem escolaridade e ensino fundamental incompleto (8,6%), esse aumento para as pessoas graduandas é reflexo da procura maciça as unidades básicas de saúde (STOPA, et al, 2015;KASSOUF, 2007). Em concordância, na PNS de 2019, entre as regiões brasileiras a região sul apresentou de 15,2% a 16,2% de indivíduos acometidos com depressão e um percentual de 12,2% das localidades brasileiras tem pessoas de nível superior completo acometidos pela síndrome (BRITO et al, 2022).…”

Óbitos por eventos depressivos em mulheres no Brasil na última década

“…Embora Brito et al(2022), relatem que o Sudeste e o Sul sejam as regiões com maior número de casos de depressão autorreferida, em nossos achados a Região Sul foi a única que demonstrou uma tendência de queda de óbitos por depressão, de 2018 para 2019, o que possivelmente poderia resultar de uma queda no número de suicídios, visto que, segundo De Lima, et al, (2013), a depressão é um fator de risco para o suicídio, levando ao ímpeto de se querer morrer, no entanto, após vasta revisão da literatura, não se encontrou nenhum trabalho sobre o tema, especialmente nos últimos anos. Além desta literatura apresentar dados apenas até a década passada, ela não abrange as mortes por depressão.…”

The Role of Primary Health Care in the Management of Major Depressive Disorder

“…According to Brito et al (2022) the global prevalence of depression in Brazil increased by about 2.6% from 2013 to 2019, being higher in females. Among the Brazilian regions, the South region had the highest prevalence and the lowest North region.…”