Cronotopias Da Intimidade Catastrófica: Testemunhos Sobre a Covid-19 No Jornal Nacional

Abstract

RESUMO Este texto tem como objetivo principal observar como as narrativas do Jornal Nacional sobre a pandemia de COVID-19 organizam-se dentro de um cronotopo da intimidade catastrófica, por meio do qual a narrativa pessoal se dá, sobretudo, em espaços que relevam a intimidade, transbordando o privado para o público, borrando as fronteiras entre a casa e o trabalho e entrelaçando corpo e espaço numa experiência de suspensão temporal. Concluímos, por meio das narrativas analisadas, que a pandemia de COVID-19, pela narrativa do telejornal, instalou um tempo suspenso ou interrompido, mas muito significativo para a história contemporânea.

As narrativas da mídia tradicional brasileira durante a Covid-19: um estudo de revisão integrativa

“…Além da inserção das imagens, fotografias, nomes das vítimas (O Globo foi inteiramente editado como um mural de nomes), mudança do cenário (O Jornal Nacional -JN retira a imagem do painel "inimigo número 1", o vírus, e substitui por rostos dos brasileiros que a COVID-19 ceifou), homenagens (encerrar o JN em silêncio), escolha sistemática de expressões carregadas de emoções ("estamos aqui para salvar o amor de alguém"), a mídia também optou por trazer os relatos de vítimas, repórteres nas cenas e profissionais da linha de frente (AGUIAR, 2021;LEIROZ;SACRAMENTO, 2021;RÊGO, et al, 2020).…”