Este artigo apresenta como principal objetivo compreender a identidade de um professor, em um contexto de formação inicial de professores, na disciplina Estágio Curricular Supervisionado, tendo como base teórica o conceito de identidade, trazido pela literatura da área (NORTON, 2000; VARGHESE et al, 2005 e LEFFA, 2012), aspectos cognitivos (BORG, 2009 e ZEMBYLAS, 2005), bem como as emoções e a afetividade e sua relação com o processo de formação do professor (VIEIRA-ABRAHÃO, 2006; BARCELOS, 2004, 2007, 2013; ARAGÃO, 2005 e COELHO, 2011). Os resultados desta pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, que fez uso das narrativas como instrumento mediacional para e na formação professor (JOHNSON e GOLOMBEK, 2011), permitem visualizar a transitoriedade, complexidade e fluidez da(s) identidade(s) do participante, em um movimento contínuo de vai-e-vem, inter e intrarelacionando-se por meio do discurso de fronteira, de forma híbrida e interdependente. Os resultados ainda evidenciam a necessidade de se abrir espaço na academia para se tratar de fatores emocionais, sociais e identitários, bem como a relevância da disciplina Estágio Curricular Supervisionado na formação da identidade do professor-aprendiz.