“…Em síntese, todas essas diferenças, ressignificações e identidades precisam necessariamente perpassar a SBC para gerar "desconforto" na odontologia (odontotécnica, intervenções dentocentradas) e seus agentes, para gerar deslocamentos. No novo fazer da clínica é preciso produzir, tal qual o filósofo defende, a clínica do desvio (DE-LEUZE, 1988;ZAMBONI, 2012), as intersubjetivações alcançadas com as "dobras de fora" do olhar clínico normativo, quando ocorre uma flexão do poder profissional/institucional que domina e tutela o "paciente", de modo a permitir outra relação, a intercessão de um novo "poder" (como possibilidade) permitindo afetar a si mesmo e ao outro "afetos entre si". É possível, então, um retorno ao mundo vivo do trabalho "com gentes e não somente com dentes", com populações em seus territórios geográfico-existenciais, nos seus percursos terapêuticos ou de busca da escuta qualificada.…”