Uso de retalhos microcirúrgicos em pacientes queimados: revisão da literatura

Abstract

Coutinho BBA et al. Use of microsurgical flaps for the treatment of burn patients: a literature review Uso de retalhos microcirúrgicos em pacientes queimados: revisão da literatura ABSTRACT Patients with severe burns complicated by joint involvement and exposure of noble structures require immediate local cover, which can be achieved using a variety of surgical procedures. Local flaps are the first choice due to the simplicity of their preparation and the resulting acceptable cover. However, the tissue adjacent to the burned area is often of low quality as a consequence of local changes that mainly affect blood circulation. When local flaps cannot be used, distant and/or microsurgical flaps can be applied. However, distant flaps generally require reconstructions performed in separate surgical procedures, which can prolong bed rest and immobilization of the patient. For more than 3 decades, microsurgery has been used to repair significant tissue losses in a single surgical procedure. This technique enabled the use of tissue transplantation for the repair of burn sequelae. Often in association with other established surgeries, such as skin graft or tissue expansion, these procedures provide better functional and aesthetic results. In the present study, aspects of this therapeutic strategy, as well as the indications, contraindications, and technical details of tissue transplantation are discussed.

Uso De Retalhos Microcirúrgicos Em Pacientes Queimados

“…Observa-se que a maior parte das queimaduras submetidas a cirurgia são resolvidas com excisão tangencial e enxerto de pele e que apenas uma pequena parcela demanda procedimentos microcirúrgicos vasculares (MILCHESKI et al, 2010). Porém, em casos de acometimento de áreas articulares ou exposição de estruturas nobres a enxertia de pele não é válida, pois há necessidade de maior proteção estrutural e prevenção de sequelas cicatriciais (COUTINHO et al, 2012). Além de que, em muitos casos os pontos de contato do corpo com o meio externo possuem danos profundos, necessitando de reconstrução com retalhos (CARVALHO et al, 2013) que as extremidades acometidas pelas queimaduras possuem pouco tecido local necessitando-se da realização de um retalho livre (microcirúrgico) para a sua reconstrução (MIL-CHESKI et al, 2012).…”

“…Por fim, as contraindicações para a realização da cirurgia são: doença vascular sistêmica ou localizada, diabetes, hipertensão arterial, radioterapia prévia, cardiopatia grave com ou sem arritmia, comorbidades que levam a alterações cirúrgicas, na sepse e infecções (COUTINHO et al, 2012). E caso a cirurgia seja realizada é importante lembrar que a fisioterapia, o uso de splints e a compressão elástica desempenham um papel importante na otimização do resultado final (NARIKAWA et al, 2011) e que a escolha do profissional é fundamental, pois as técnicas microcirúrgicas exigem treinamento especializado e não há na maior parte dos hospitais especialistas para executá-las (MACEDO et al, 2017).…”

“…COUTINHO et al 2012 Os retalhos microcirúrgicos possuem a vantagem de fechar uma ferida profunda em tempo cirúrgico único, o que leva a menor taxa de infecção, diminuindo a morbidade e o tempo de internação, permite a reabilitação mais precoce do paciente e preserva a função da região acometida.BARREIROS et al 2011Uso de retalhos microcirúrgicos para correção de contratura cervical possui bons resultados estéticos e funcionais. No relato oito pacientes com área de contratura cervical realizaram reconstrução microcirúrgica a partir do retalho anterolateral da coxa e todos possuíram liberação da contratura CARVALHO et al 2013.…”

Coletânea de trabalhos acadêmicos do Grupo Estudantil de Ensino, Pesquisa e Iniciação Científica (GEEPIC) do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

“…Observa-se que a maior parte das queimaduras submetidas a cirurgia são resolvidas com excisão tangencial e enxerto de pele e que apenas uma pequena parcela demanda procedimentos microcirúrgicos vasculares (MILCHESKI et al 2010). Porém, em casos de acometimento de áreas articulares ou exposição de estruturas nobres a enxertia de pele não é válida, pois há necessidade de maior proteção estrutural e prevenção de sequelas cicatriciais (COUTINHO et al, 2012). Além de que, em muitos O retalho ânterolateral da coxa tem sido utilizado em casos graves de contratura cervical, com bons resultados funcionais e estéticos (BARREIROS et al, 2011).…”