Nascido com a proposta de compatibilização entre o crescimento econômico e preservação ambiental, o desenvolvimento sustentável possui duas correntes centrais – fraca e forte, as quais apresentam diferentes visões sobre os principais problemas globais, como superpopulação, escassez de recursos naturais, pobreza e desigualdade, degradação ambiental e mudanças climáticas. Estas escolas, no entanto, pouco têm explorado a temática dos desastres naturais, fenômenos com claros impactos socioeconômicos, cujas frequências vêm crescendo nos últimos anos, com relevância ainda maior no atual cenário de pandemia do novo coronavírus. Nesse sentido, o artigo tem como objetivo analisar a visão da sustentabilidade, nas suas correntes forte e fraca, a respeito da problemática dos desastres naturais. O estudo se baseia na pesquisa bibliográfica sobre desastres naturais e desenvolvimento sustentável. Os resultados apontam que a corrente fraca predomina na literatura internacional e tende a enxergar os desastres naturais como fatores externos ao desenvolvimento; enquanto a corrente forte predomina na literatura nacional e considera os eventos extremos como fatores intrínsecos ao desenvolvimento. O artigo propõe a conciliação entre as duas correntes, considerando a relação de feedback positivo entre desastres naturais e sustentabilidade.